CONHECENDO A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA ALDEIA TOLDO CHIMBANGUE

RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Kesia Adriely Oliveira Oliveira de Jesus Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS))
  • Gabriela Gaio
  • Gabriela Gaio
  • Marieli Ceolin
  • Alana Munoz
  • Angéliza Zanettini
  • Yaná Tomasi

Resumo

RESUMO

Os acadêmicos da 5ª fase de enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) durante a disciplina de Cuidados de Enfermagem em Atenção Básica de Saúde (CEABS), realizaram visita técnica na aldeia indígena Toldo Chimbangue, localizada na cidade de Chapecó/SC. Objetiva-se com este resumo relatar a experiência da visita técnica de estudantes em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de uma aldeia indígena. As visitas técnicas têm como objetivo proporcionar aos estudantes uma visão técnica da futura profissão, sendo condutora de uma interação direta entre empresa/serviço e universidade, é caracterizada por contato in loco. Assim, tal visita objetivou conhecer a atuação dos profissionais de saúde naquele local, principalmente em relação às especificidades dos cuidados, promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque ao papel do profissional Enfermeiro. Durante a visita houve uma exposição por parte da equipe de saúde acerca do perfil populacional e epidemiológico local, que permitiu ao grupo conhecer a realidade das pessoas que ali residem. Acerca da infraestrutura, a UBS era pequena, construída a partir de uma casa adaptada, sendo que a nova UBS está em construção, e conta com a atuação de Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Dentista, Agente Indígena de Saúde (AIS) e Agentes Indígena de Saneamento. Através desta visita, evidenciou-se que a atuação da equipe de saúde naquela localidade abrange desde a assistência direta, quanto atuação em outros espaços, como exemplo o cultivo e uso de plantas medicinais para tratamentos e distribuição à população da aldeia. Outra atividade importante a ser ressaltada é a busca ativa realizada pelos profissionais, principalmente por parte das AIS, como forma de otimizar o atendimento. As doenças tanto crônicas quanto agudas que aparecem com maior frequência são basicamente as mesmas tratadas nas cidades, ganhando destaque principalmente as doenças mentais. O diálogo permitiu que os estudantes observassem as potencialidades e fragilidades tanto da equipe de saúde quanto do espaço, aspectos relevantes na formação e desenvolvimento do olhar crítico do profissional Enfermeiro. Vale ressaltar ainda, que é de suma importância os estudantes distinguirem as diversidades que existem na assistência à saúde como a da comunidade indígena, para que no futuro estejam preparados para lidar com novos contextos e situações. A questão do uso de ervas medicinais por parte da equipe também é algo de grande valia para que pensemos no processo saúde-doença, há outras formas de tratamento as quais podemos considerar, além de que para estes é uma questão de preservação histórica. Por fim, a experiência trouxe aos estudantes uma outra realidade diferenciada, mas que apesar das diferenças culturais e econômicas a assistência que iremos prestar será basicamente a mesma que em outras localidades, pois as necessidades serão em sua maioria, as mesmas. Concluiu-se que a visita foi muito válida e contribuiu grandemente para a formação do grupo de acadêmicos que compareceu, conhecer diferentes realidades e/ou necessidades se fazem de extrema importância ao nosso enriquecimento tanto pessoal quanto intelectual, podendo observar entre a equipe o relacionamento exemplar, a realização do trabalho em equipe a harmonização.

Publicado
25-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino