A VIVÊNCIA NA CONFECÇÃO DE UM MODELO DIDÁTICO DE FOLHA DE EUDICOTILEDÔNEA

Resumo

Os modelos didáticos representam ferramentas eficientes na articulação método-conteúdo e constituem processos representacionais que se utilizam de imagens, esculturas ou maquetes para auxiliar os alunos a visualizarem  e  compreenderem  um  conteúdo que se apresenta de difícil assimilação, complexo ou abstrato. Neste sentido, a literatura traz muitos exemplos promissores da utilização desta ferramenta como estratégia facilitadora no ensino de temáticas das Ciências/Biologia. No que se refere a Anatomia Vegetal, nem sempre é fácil compreender que as estruturas vistas como planas em cortes histológicos, são na verdade tridimensionais e a utilização de modelos pode ser uma estratégia de ensino eficiente.  O presente trabalho objetiva relatar a construção de um modelo didático de uma folha de eudicotiledônea com padrão anatômico C3. A atividade foi desenvolvida no Componente Curricular de Anatomia Vegetal ofertado pelo curso de Ciências Biológicas- Licenciatura em 2019-01 da UFFS, Campus Cerro Largo. A construção do modelo utilizou como referência imagens microscópicas e digramas esquemáticos de secções transversais de folhas de eudicotiledôneas. Como suporte para colar as representações das células e tecidos vegetais, utilizou-se uma caixa quadrada de MDF, medindo aproximadamente 22 cm de lado. Além da representação dos tecidos da folha em corte transversal, o modelo permite visualizar a organização das células da face adaxial da epiderme, em vista frontal. As células comuns da epiderme e as células subsidiárias dos estômatos foram representadas com massa de EVA na cor branca e as células-guarda reniformes dos estômatos, na cor verde.  A região do mesofilo foi preenchida com massa de EVA na cor marrom, com a qual moldamos as células dos parênquimas paliçádico e esponjoso, e os cloroplastos típicos das células destes tecidos foram representados com bolinhas de massa de EVA verde. Para indicar os feixes vasculares colaterais e a bainha do feixe, típica de plantas C3, utilizou-se canudos plásticos de vários diâmetros, organizados de forma a representar o floema voltado para a face inferior e o xilema voltado para a face superior. Também fez parte da atividade um momento de apresentação em sala de aula, onde elaboramos um pequeno vídeo para explicar aos demais alunos do CCR, os materiais e a metodologia aplicada na produção do modelo. A vivência aqui relatada foi desafiadora e muito prazerosa, permitiu aprimorar nossos conhecimentos específicos de Anatomia Vegetal, além de ser uma metodologia que poderá ser adaptada e utilizada em nossa prática docente, enquanto professores em formação.