ATENDIMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS NA SUPERINTENDÊNCIA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS REALEZA-PR PELO PROJETO DE EXTENSÃO S.A.A.S.

  • Renan Henrique da Silva UFFS
  • Gilson Correa de Lima
  • Carlos Vinícius Rangel Antunes
  • Emanuel Caon
  • Leonardo Gruchouskei
  • Gentil Ferreira Gonçalves UFFS
  • Patricia Romagnolli UFFS

Resumo

O Projeto de Extensão “Serviço de Atendimento Médico Veterinário para Animais Silvestres de Realeza-PR e Região (S.A.A.S.)”, criado no ano de 2013, atendeu ao longo de sete anos 270 pacientes, provenientes da Região Sudoeste e Região Oeste do Estado Paraná, encaminhados pela Polícia Ambiental, proprietários ou terceiros. As atividades são realizadas na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU), da Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Realeza, sendo referência para o atendimento da fauna regional. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados obtidos de fichas de atendimento de 270 animais silvestres e exóticos, entre 2013 e 2019, distribuídos em três grupos: aves, mamíferos e répteis. Foram verificadas informações relativas ao local de origem, idade aproximada, peso, sexo, além de queixas principais, diagnóstico, tratamento, destino e observações. Dentre os pacientes, o grupo das aves foi o mais expressivo, correspondendo a 77,77% de toda casuística, seguido de mamíferos (15,92%) e répteis (6,29%). A procedência dos animais, na sua maior parte, é oriunda de apreensões e encaminhamentos a partir da Polícia Ambiental e, outros órgãos oficiais, como defesa civil e bombeiros, representando 173 animais, dentro dos três grupos. Em seguida animais trazidos por terceiros, representa 50 animais dentro de todos atendimentos no período estudado, e por último 47 animais que foram trazidos por seus próprios tutores. Quando trazidos pela polícia ou outro órgão responsável, o destino dos animais, após os devidos tratamentos e procedimentos necessários, é mais simplificado. Sendo que na maior parte das vezes, são reintroduzidos na natureza, ou destinados a parques, zoológicos ou reservas de preservação ambiental. Muitas vezes os animais encaminhados por terceiros, acabam vindo a óbito, pela cronicidade das lesões e condições que os mesmo se encontram. As afecções de origem traumática acometeram 39 animais (25,65%), com fratura de membros em 69,23% e de vértebras em 10,25% dos mesmos. Outros distúrbios mais frequentes foram: feridas cutâneas (40,78%), distúrbio oftálmicos (3,94%) distúrbio respiratório (5,92%), distúrbios nutricionais e/ou metabólicos (5,26%). A conscientização e a reeducação sobre o manejo, nutrição e outros cuidados é fundamental para a clínica de animais silvestres, visto que muitos dos animais são encaminhados ao atendimento veterinário apenas em estágios terminais. Desta forma, conhecendo a casuística das enfermidades que acometem os animais silvestres da área de abrangência, é possível impulsionar as atividades de Medicina Veterinária Preventiva e a melhor profissionalização dos alunos participantes do projeto.

Publicado
10-09-2019
Seção
Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura