NÃO ME PERGUNTE QUEM SOU E NÃO ME DIGA PARA PERMANECER O MESMO
SOBRE AS BIOGRAFIAS DE MICHEL FOUCAULT
Resumo
Este trabalho tem como objetivo investigar as narrativas biográficas sobre Michel Foucault (1926-1984). As obras utilizadas como fonte, são: Michel Foucault 1926-1984 (1990) de Didier Eribon; Foucault: Seu pensamento, sua pessoa (2011) de Paul Veyne; O que amar quer dizer? (2014) de Mathieu Lindon e Impressões de Michel Foucault (2017) de Roberto Machado, essas narrativas possuem a vida do intelectual como característica em comum, apresentando aspectos de sua vida a partir de de suas pluralidades. Os aspectos sobre a vida do biografado, presentes nas fontes reproduzem interpretações acerca do pensamento de Foucault. Assim, a partir de uma discussão teórica e metodológica sobre essas obras, pretendemos considerar as implicações dessas biografias acerca das noções de História, sujeito, autor e suas dimensões no pensamento de Foucault. Para isso, buscamos partir da reflexão do filósofo francês para pensar as narrativas biográficas feitas sobre ele, problematizando os efeitos da biografia na recepção do pensamento do autor. Cabe ressaltar que o intelectual biografado em sua trajetória de vida buscou se distanciar das concepções que formassem uma unidade, seja em seu pensamento, obras ou em sua vida privada. A partir do pensamento de Foucault e de suas biografias , podemos nos conduzir a reflexão acerca das dimensões de pluralidade do sujeito biografado nas unidades narrativas biográficas, levantando questões sobre as possibilidades da composição de existências múltiplas serem enquadradas em uma biografia, refletindo como problema histórico. Desse modo, poderemos identificar o panorama biográfico presente nas respectivas biografias utilizadas como fonte, apontando o modo de produção metodológico das narrativas, onde esperamos identificar novas possibilidades de se pensar a biografia como possibilidade de escrita da história.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.