PERCEPÇÃO DE INTOXICAÇÃO EM AGRICULTORES DAS CIDADE DE MAFRA, REALEZA E PLANALTO
Resumo
Atualmente o Brasil é destaque mundial no consumo de agrotóxicos. A carência de informações, ausências ou uso incorreto de equipamento de proteção individual (EPI) e a exposição prolongada aos defensivos agrícolas, têm provocado intoxicações e, consequentemente, efeitos negativos à saúde dos agricultores. Com base nisso, objetivou-se a realização deste estudo a fim de investigar a percepção de agricultores familiares quanto a intoxicações por agrotóxicos. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira Sul (CEP-UFFS), pelo número 97031118.7.0000.5564, houve seleção dos agricultores de forma aleatória em seus domicílios, nas cidades de Realeza e Planalto-PR e Mafra-SC. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) se deu a aplicação de questionários. Posterior a isso, ocorreu o tratamento dos dados e análise estatística. Participaram da pesquisa 290 agricultores, sendo eles 123 (42,4%) da cidade de Mafra, 128 (44,2%) de Planalto e 39 (13,4%) de Realeza. Dos participantes da cidade de Mafra, 36 (29,3%) relataram ter percebido alguma vez em sua vida sintomas de intoxicações por agrotóxicos, enquanto nas cidades de Realeza 10 (25,6%) e Planalto 16 (12,5%) relataram o mesmo acontecimento. Além disso, buscou-se analisar o grau de percepção de intoxicação pelos agricultores, sendo estas consideradas como: leve, moderada e grave. Em Mafra, 1 (2,8%) agricultor apresentou intoxicação de forma leve, 24 (66,7%) moderada e 11 (30,5%) grave. Enquanto no município de Realeza 3 (30%), 5 (50%) e 2 (20%) relataram intoxicações leves, moderadas e graves, respectivamente e Planalto com um total de 4 (25%) leve, 8 (50%) moderada e 4 (25%) grave. Através dos dados obtidos nessa pesquisa conclui-se que os índices de percepção de intoxicações por agrotóxicos em agricultores são significativos nas três cidades. É indispensável o conhecimento, por parte dos agricultores, acerca da toxicidade dos agrotóxicos e os agravos que esses produtos podem ocasionar à saúde. E, dessa maneira, se torna clara a importância do uso dos EPI’s desde o momento da preparação do produto até a pulverização do mesmo. Além disso, é importante que o agricultor compreenda os rótulos e bulas, pois levam informações sobre a utilização correta e segura desses produtos químicos, bem como o grau de periculosidade e toxidade, buscando dessa maneira assegurar a saúde do agricultor.
Copyright (c) 2019 Maiara Grasiela Rossi, Calinca Skonieski, Karina Fagundes, Andressa Ferandin Zanon, Ana Carolina Santos Fernandes, Daniel Barbosa De Chaves, Gabriela Sandri, Dalila Moter Benvegnú
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