Sobre a possibilidade de uma Fenomenologia das Emoções

uma análise da Introdução de Esboço para uma teoria das emoções de Jean Paul Sartre

Resumo

Em 1940 Sartre escreve Esboço para uma teoria das emoções, obra na qual se propôs a examinar os caminhos percorridos pela psicologia, enfatizando as limitações desta disciplina a fim de reformular seu método de investigação. Partindo de uma análise crítica do método da psicologia a fim de entender a realidade humana, Sartre apresenta os modos como a psicologia poderia ter seguido para que fosse capaz de compreender essa realidade, propondo que esse caminho fosse através da fenomenologia. Fundamentado nas noções fenomenológicas de Husserl e Heidegger, Sartre procurou refletir sobre o sentido da consciência com base na existência humana e nos fenômenos da emoção enquanto um estado da consciência. Assim, se fez a obra Esboço para uma teoria das emoções, que tornou-se um dos pontos de partida para as demais obras de Sartre, em especial, O Ser e O Nada. Nesse primeiro estudo da obra Sartreana, buscou-se fundamentar os argumentos apresentados pelo autor, cujo objetivo era fundamentar como a psicologia se apresenta como um campo do conhecimento incapaz de estudar e entender o homem através de sua essência. Com isso, realizou-se um estudo bibliográfico da obra, reapresentando os conceitos elaborados por Sartre acerca do fenômeno da realidade humana: a emoção. O presente trabalho tem como objetivo, apresentar descritivamente as questões apresentadas por Sartre durante a Introdução do Esboço, a fim de elucidar como a critica à psicologia positiva e o método fenomenológico, resultaram em uma Fenomenologia das Emoções.