ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER EM TRABALHO DE PARTO

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

Resumo: A gestação e o parto são processos que fazem parte da vida de grande parte das mulheres. Atualmente, tem-se priorizado pela hospitalização da parturiente para a realização do parto e, por isso tem-se observado um modelo tecnicista e biomédico, em que prioriza-se as intervenções médicas e farmacológicas, não levando em consideração o desejo das mulheres. A gestação e o parto são momentos que envolvem aspectos fisiológicos, psicológicos, ambientais e culturais. O período da gestação ao pós-parto, guiado e conduzido, muitas vezes, por informações não verídicas repassadas para as mulheres, tanto pelos familiares através de opiniões e imposições sem embasamento, quanto pelos próprios profissionais de saúde que priorizam a otimização de seu tempo e o que é mais cômodo para a equipe, não ponderando o contexto em que a gestante vive, o que provoca sentimentos de ansiedade e medo, além de retirar o protagonismo da mulher, especialmente no momento do trabalho de parto. Trata-se de um relato de experiência, embasado nas práticas e vivências que ocorreram durante as atividades teórico práticas (ATP´S) desenvolvidas no centro obstétrico (CO) de um hospital da região oeste de Santa Catarina, ao longo do componente curricular de Cuidado no Processo de Viver Humano II, sendo uma das temáticas principais do componente a saúde da mulher e obstetrícia. A atividade no hospital foi desenvolvida em duplas ou trios, nos quais as acadêmicas foram distribuídas de acordo com as pacientes que se encontravam no CO no período de desenvolvimento das práticas. Neste período, as acadêmicas têm a oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento teórico adquirido em sala de aula no que se refere ao atendimento humanizado e uma assistência de qualidade, a fim de proporcionar conforto e um ambiente tranquilo para a mulher em trabalho de parto. Diversas ações/atividades são importantes para a promoção do cuidado à parturiente e, por isso, foram realizados alguns cuidados, como banho de aspersão, massagens para ajuda no alívio das dores provenientes das contrações, estímulos para deambulação, uso da bola suíça e banqueta, música, inclusão e participação ativa do acompanhante durante todo o processo. Com isso permitiu-se a liberdade de decisão da mulher em permanecer e conceber o bebê em um local de escolha dela, seja no leito, na bola ou na banqueta, fornecendo um ambiente tranquilo e harmonioso. Além disso, como ponto negativo, observou-se a resistência dos profissionais para a realização de algumas destas ações supracitadas, as quais não são habituais na rotina do setor. Diante disso, conclui-se, a partir das vivências do componente, que é possível perceber os benefícios de uma assistência integral e humanizada, na qual a mulher deve protagonizar um momento único e esperado por ela. O cuidado no trabalho de parto não fica restrito ao alívio da dor, mas sim em avaliar mãe e bebê, perceber as necessidades e ser empático, ouvindo, observando, sentindo, fazendo-se presente e empoderando essas mulheres durante todo o processo.   

Palavras-chave: Enfermagem. Parto Humanizado. Parto Hospitalar