Curcumina como terapia antitumoral adjuvante

Revisão de literatura

  • Ana Gabrieli Sauer UFFS
  • Leonardo Barbosa Leiria Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A curcumina é composto fitoquímico encontrada no espécime Curcuma longa usado há milhares de anos como tempero, agente aromatizante, conservante de alimentos, corante, algumas vezes até como decoração, mas principalmente como erva medicinal, devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antineoplásicas, sobretudo, em modelos animais. Estudos recentes demonstram sua ação na regulação da expressão dos fatores de necrose tumoral alfa e beta, contribuindo para sua ação anti-inflamatória. Quanto a sua ação antitumoral, há evidências de que ela possa ajudar a prevenir a ocorrência de câncer, especialmente os cânceres do sistema digestório, através da inibição dos processos de angiogênese, da inibição da migração das células tumorais para outros tecidos e ainda possa contribuir para apoptose das células neoplásicas. Porém, ainda são poucos os estudos em humanos. Nesse sentido, estamos realizando uma revisão sistemática sobre o potencial antitumoral da curcumina em estudos clínicos, celulares e em modelos animais. Aliado a isso, estamos verificando o comportamento celular de linhagens celulares humanas tratadas com curcumina. Foram realizadas buscas ativas nos principais bancos de dados: MEDLINE, SCIELO, EMBASE, Web of Science e Clinical Trials, utilizando-se como termos de pesquisa: ‘‘curcumin’’ e “curcuma” combinados com ‘‘cancer(s)’’, ‘‘neoplasm(s)’’, “neoplasia”, “tumor” ou ‘‘malignancy (ies)” e “trials” ou “clinical trials”.  Os estudos incluíram “estudos clínicos controlados” e “estudos observacionais de coorte e caso-controle”. Inicialmente foram encontradas cerca de 500 referências, onde os títulos e resumos continham os termos de pesquisa, foram selecionados e analisados, sendo 7 incluídos no estudo. Como tratamento prioritário a Curcumina não apresentou efeitos satisfatórios, porém apresenta um grande potencial adjuvante em tumores de pele, mama e próstata. Nossos resultados suportam a hipótese do potencial da curcumina como tratamento antitumoral adjuvante, contudo, são necessários mais estudos sobre a otimização da biodisponibilidade de curcumina no organismo através de melhorias na absorção gastrointestinal e distribuição sistêmica para tecidos.

Biografia do Autor

Leonardo Barbosa Leiria, Universidade Federal da Fronteira Sul

Coordenação Acadêmica – Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó - SC

Publicado
25-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa