RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO BOLSISTA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE APOIO À POLÍTICAS DE ACESSIBILIDADE DA UFFS

  • Gabriela Cima dos Santos UFFS

Resumo

Este trabalho objetiva relatar uma experiência como bolsista do Programa de Bolsa Institucional de Apoio à Políticas de Acessibilidade da UFFS, campus Chapecó/SC. O projeto tem como intuito fomentar ações que auxiliem na permanência e no pleno desenvolvimento das atividades dos acadêmicos/as com necessidades educacionais especiais na universidade, promovendo a democratização do acesso ao Ensino Superior público. O acompanhamento realizado conta com cinco etapas: a primeira etapa é marcada pela recepção dos acadêmicos com necessidades educacionais especiais e seus responsáveis (quando necessário), prestando-lhes as orientações devidas sobre a dinâmica da vida universitária. Esta etapa inicial é realizada no Setor de Acessibilidade. Na segunda etapa a pedagoga responsável pelo setor orienta o trabalho da bolsista, com informações sobre as características biológicas/médicas atribuídas aos acadêmicos que receberão o atendimento e informa aos professores que receberão esses acadêmicos em suas turmas. Assim as ações pedagógicas tomadas são direcionadas às necessidades do educando que solicita apoio ao Setor de Acessibilidade. No terceiro momento a bolsista, professores/as e coordenação de curso participam de formações educacionais (palestras, debates, mesas de conversa, etc.), para que metodologias pedagógicas de acessibilidade sejam estabelecidas. O quarto momento se constitui pela observação e pela atuação docente, identificando por quais meios o estudante consegue estabelecer as relações entre o ensino e a aprendizagem, bem como suas formas de expressar-se. Em consonância a observação e atuação, a bolsista procede ao quinto passo, relatando quais são as estratégias pedagógicas que melhor se adéquam as necessidades do educando em atendimento. Estas informações são fornecidas ao Setor de Acessibilidade, professores/as e Coordenação de curso. Este diálogo é constante, pois assim possibilita que as estratégias metodológicas estejam conectadas com as maneiras de apreendizagem dos acadêmicos que necessitam de adaptações curriculares. Em síntese, a mediação é atribuída a bolsista, no entanto no decorrer do processo encontram-se algumas dificuldades, uma delas parte do corpo docente, no âmbito do entendimento da função da bolsista, destinando-a a adaptação de conteúdos e materiais. Nota-se também que a comunicação eficaz entre Setor de Acessibilidade e educadores ocorre após o início das aulas, o que leva um currículo adaptado tardio, mas que não deixa de ser relevante na formação acadêmica de quem solicita apoio educacional especializado. A atuação da bolsista consiste em um acompanhamento diário nas atividades desenvolvidas na instituição. O olhar observador facilita a percepção de quais estratégias pedagógicas possuem funcionalidade em cada componente curricular. Assim sendo, as adaptações necessárias possibilitam a permanência do educando na universidade, sua inclusão e seu desenvolvimento sócio-educacional, pois estimula a autonomia desses sujeitos neste processo.

Publicado
26-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino