PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO OESTE DE SANTA CATARINA

  • Pâmela Maiara Grison Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó

Resumo

A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é um setor dinâmico que recebe uma grande demanda de usuários diariamente, advindos de toda a região, e submetidos aos mais diversos procedimentos anestésico-cirúrgicos. Cada procedimento, inspira cuidados específicos, os quais dependerão da complexidade, tempo de duração e estado geral do usuário no período pós-operatório imediato. No hospital em questão, os procedimentos mais recorrentes são os ortopédicos, partos cesáreos, procedimentos de clínica geral e neurológicos, os quais ocorrem sob o efeito das anestesias geral e raquidiana, ambas usadas em larga escala. Dentre os procedimentos ortopédicos mais realizados estão: correção de fraturas, colocação/retirada de fixadores externos/pinos, correções relacionadas à coluna, entre outros. Relacionado aos procedimentos de clínica geral, encontram-se: apendicectomia, histerectomia, herniorrafia, entre outros. Já dentre os procedimentos neurológicos, a retirada de tumores cerebrais é mais recorrente, visto que se trata de um procedimento complicado, demorado e que inspira maior cautela na sua execução. Nesses casos, existe uma sala operatória específica, geralmente mais ampla e que tenha um fluxo menor de procedimentos, levando em consideração o tempo necessário e a complexidade do procedimento. Ao chegar na SRPA, os pacientes neurológicos, principalmente, são colocados em leitos com maior visibilidade da equipe, já que têm maiores chances de instabilidade no período pós-operatório imediato. Este resumo foi elaborado com base em pesquisas científicas, somadas a vivências no centro cirúrgico e SRPA, de um hospital público, localizado no Oeste de Santa Catarina, durante a trajetória acadêmica. Como citado, na SRPA, os distintos procedimentos cirúrgicos inspiram cuidados que diferem, tanto na tomada de decisão, quanto na execução. As cirurgias neurológicas, por exemplo, conduzem a alguns trâmites específicos, como o uso de escalas para a avaliação do paciente, uma análise mais minuciosa do seu estado geral, além de uma evolução completa e fidedigna, condizente com a real situação do usuário que decidirá se o cliente encontra-se em  boas condições para ser liberado para o setor de internação, além de servir como respaldo ao próprio profissional, caso o paciente venha a ter alguma alteração fisiológica após sua alta da SRPA. Quando se trata de procedimentos que oferecem maiores riscos ao usuário, é necessário que toda a equipe de enfermagem esteja preparada e capacitada para cuidá-lo de forma segura e específica, oferecendo o suporte necessário que objetive sua recuperação. Para que isso seja possível, é imprescindível que o enfermeiro responsável pela unidade, juntamente com o enfermeiro coordenador, aposte em capacitações com vistas para a retirada de possíveis dúvidas sobre as condutas específicas de cada especialidade, atualização relacionada ao aporte científico, além de suporte e supervisão da execução dos ensinamentos repassados. Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que a SRPA recebe uma grande demanda de usuários, submetidos a procedimentos cirúrgicos distintos, de alta complexidade, estabilidade no período pós-operatório imediato e recuperação. Visto que cada especialidade exige uma conduta diferente e condizente com a necessidade, torna-se importante a preparação da equipe, tanto no conhecimento teórico-prático e cientificamente comprovado, quanto na agilidade para tomada de decisão e propriedade para desenvolver uma assistência qualificada.

Publicado
26-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino