POTENCIAL EFEITO ANTIDEPRESSIVO E NEUROPROTETOR DE EXTRATOS DE ESPÉCIE Solidago chilensis E DO COMPOSTO ATIVO QUERCITRINA EM RATOS SUBMETIDOS A ESTRESSE NA INFÂNCIA E NA VIDA ADULTA
Resumo
Expressivo número de estudos vem mostrando que o estresse crônico na infância é um dos maiores vilões na indução de disfunções biológicas neurais e sistêmicas, as quais podem persistir e potencializar os efeitos do estresse crônico e agudo na vida adulta, culminando em transtorno depressivo maior (TDM), entre outros transtornos psiquiátricos. Pesquisas científicas trazem evidências de que o estresse na infância é responsável por prejuízos no desenvolvimento cerebral e é potencializado por estresse ou falta de apoio social na vida adulta, podendo culminar em depressão severa e falta de resposta terapêutica aos tratamentos antidepressivos. Os fármacos disponíveis na clínica, além de necessitarem de um longo tempo para o início do efeito antidepressivo, não conseguem exercer efeito terapêutico em um percentual significativo de pacientes. Por essas razões, a busca por agentes mais efetivos para o TDM vem incluindo as plantas medicinais como estratégias terapêuticas que possam interferir em mecanismos biológicos relevantes na depressão resistente a tratamentos (DRT). Portanto, o principal objetivo desta proposta é avaliar o tratamento com extratos e o composto ativo quercitrina da espécie medicinal Solidago chilensis em comportamentos tipo depressivos de ratos submetidos a estresse crônico na infância e na vida adulta e em mecanismos envolvidos na neuroproteção. Será investigado um possível sinergismo entre o estresse de privação maternal e o isolamento social assim como o efeito dos tratamentos sobre alterações comportamentais e biológicas que emergirem a partir do estresse ao longo da vida. A planta medicinal apresenta propriedades antioxidantes e antiinflamatórias, entre outras relevantes propriedades nutracêuticas. Já existem evidências científicas sobre a interferência de compostos da espécie medicinal em alguns mecanismos subjacentes ao estresse oxidativo, inflamação e neuroinflamação. Considerando alguns resultados da literatura científica, espera-se que o sinergismo entre o estresse na infância e na vida adulta possa potencializar o comportamento depressivo e os prejuízos biológicos relacionados à neuroproteção. Com relação às propriedades já descritas para a espécie Solidago chilensis, é esperado que os extratos e o componente ativo quercitrina da planta possam reverter ou reduzir os prejuízos comportamentais e biológicos, sendo, portanto potenciais estratégias terapêuticas no tratamento do TDM e DRT.
Copyright (c) 2019 Amanda Gollo Bertollo, Marcos Eduardo Plissari, Roberta Eduarda Grolli, Silvio José Batista Soares, Arthur Delazzeri Cortez, Gelvani Locateli, Walter Antonio Roman Junior, Zuleide Maria Ignácio
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