DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO EM ERECHIM: UMA ABORDAGEM GEOGRÁFICA PARA A SAÚDE
Resumo
O presente trabalho resulta de uma pesquisa que analisou a interação entre variável climática e os registros de internação por doenças do aparelho respiratório (DAR) no município de Erechim, nos anos compreendidos entre 2008 a 2017. Também tem o objetivo de apresentar os dados de faixa etária e sexo, na qual caracterizaram um perfil de internações para o período analisado. Pautado pela abordagem da Geografia da Saúde, que aproxima as ciências da saúde com as relações humanas do espaço geográfico, o presente trabalho foi elaborado por meio da coleta dos registros de internações (mensal e anual) classificados por faixa etária e sexo, disponíveis junto ao site do DATASUS. Estes mesmos dados foram selecionados apenas para os residentes do município que utilizaram o serviço de saúde no período. Os dados de clima (mensal e anual), foram coletados no site do INMET e sistematizados (em soma, média, porcentagem e posteriormente em gráficos) no software Excel, e divididos em temperaturas (máxima e mínima), precipitação e umidade (máxima e mínima), utilizando-se também, do período de 2008 a 2017. De acordo com os resultados, foi possível observar que quando as temperaturas começam a oscilar nos períodos de transição de estação (verão –> outono / inverno –> primavera), as internações aumentaram. Com isso, para o período de 2008-2017, o mês de junho obteve os maiores registros. Por sua vez, as faixas etárias que mais registraram internações foram crianças (de 0 a 14 anos) e idosos (de 60 a 100 anos) e dentre elas, o sexo masculino representou 53,08% de casos, o maior quando comparado com o sexo feminino (46,92%). É necessário ressaltar que da população total (96.087 pessoas) do município em questão, o sexo masculino representa 48,13%, sendo considerada a menor. Enquanto a faixa etária de jovens e adultos (15 a 59 anos) é a maior no município, crianças e idosos estão em menor número. Conclui-se então que, o mês de junho (2008-2017), é caracterizado como o mês de transição de temperatura, quando as primeiras frentes frias entram no Estado e as temperaturas variam de quentes a frias em um mesmo dia. E ainda, os registros de internações ficaram maiores quando as chuvas diminuíram e a umidade relativa aumentou. O clima é apenas um dos fatores que levam as pessoas a internarem por DAR, outro fator como o tabagismo, por exemplo, também influencia no desenvolvimento de doenças e, portanto, internação. Diante do exposto, espera-se que a pesquisa continue sua contribuição através do olhar geográfico.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.