ENSAIOS FARMACOLÓGICOS COM ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATO AQUOSO DE ALOYSIA GRATISSIMA

UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • AMANDA FRITZEN Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Gênifer Erminda Schreiner Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo
  • Manoela Fernanda Schuster Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo
  • Nessana Dartora Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo
  • Carla Maria Garlet de Pelegrin Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo

Resumo

A espécie Aloysia gratissima, pertencente à família Verbenaceae, é uma planta conhecida pelo seu potencial medicinal. A utilização do chá de suas folhas e caules é relatada em estudos etnobotânicos, principalmente no tratamento de dores de cabeça, problemas digestivos e transtornos respiratórios. Segundo dados sobre o levantamento da flora medicinal do Rio Grande do Sul, a espécie já era citada como medicinal de uso recorrente pela população, no início do século XX. Porém, ainda existem poucas publicações referentes às propriedades da espécie que garantem um uso com mais qualidade e segurança, o que pode trazer complicações ao consumidor, como a toxicidade e possíveis adulterações, levando a um sério problema de saúde pública. Nesse contexto, realizou-se um levantamento bibliográfico em diversas bases de dados, algumas como ScienceDirect, SciELO e Academia.edu, utilizando-se como termos de pesquisa: “Aloysia gratissima” combinado com “composition”, “essential oil” e “aqueous extract” onde foram encontradas 17 publicações abordando o potencial medicinal da planta, a partir de ensaios farmacológicos. Observou-se que o extrato aquoso de A. gratissima apresenta substâncias conhecidas como antioxidantes, antidepressivas e anestésicas, além de ser um promissor agente terapêutico em doenças neurológicas/ neurodegenerativas que envolvem excitotoxicidade, assim como transtornos depressivos. Em outro estudo identificou-se 12 substâncias das folhas da planta comprovando sua atividade anti-inflamatória, antiedematogênica e antibacteriana frente à Staphylococcus aureus e Micrococcus luteus. Além disso, verificou-se que A. gratissima apresentou capacidade de inativação e/ou inibição dos inóculos bacterianos de Rhodococcus equi e Pasteurella multocida, ambos relacionados a casos de pneumonia e outros quadros respiratórios. Ainda, constatou-se que o óleo essencial da planta possui atividade antiespasmódica e antiproliferativa, e quanto à atividade antibacteriana, em outro ensaio notou-se que o óleo essencial da flor de A. gratissima foi mais eficaz do que o da folha frente às bactérias Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus pnumoniae, principal causadora de pneumonia e meningite em humanos. De maneira geral, o presente estudo permitiu verificar que ainda se tem muito a avançar nas pesquisas científicas para proporcionar o uso seguro de Aloysia gratissima para fins medicinais, tanto na realização de ensaios com outros organismos quanto na elucidação química de outros compostos bioativos presentes na espécie.

Biografia do Autor

AMANDA FRITZEN, Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas - UFFS Campus Cerro Largo, Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Publicado
02-10-2019
Seção
Campus Cerro Largo - Projetos de Pesquisa