AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE EM ADULTOS E IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ENSINO

Resumo

A autopercepção da saúde está relacionada a fatores subjetivos e objetivos e serve para indicar como alguns aspectos biopsicossociais influenciam na saúde e na qualidade de vida. Este estudo transversal, realizado no Ambulatório da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Passo Fundo, RS, teve como objetivo avaliar a autopercepção da saúde frente a condições sociodemográficas e diagnóstico médico referido de doenças. Os dados foram coletados no mês de maio de 2019, por estudantes do Curso de Medicina, previamente treinados, por meio da aplicação de questionário a adultos e idosos que aguardavam atendimento médico no serviço. Após dupla digitação e validação, foi realizada estatística descritiva e verificada a diferença da distribuição do desfecho em relação à idade, sexo, realização de atividade remunerada e diagnóstico médico referido de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS – Parecer nº 3.219.633. A amostra foi constituída por 60 pacientes, dos quais 63,3% eram mulheres, 67,8% adultos, 73,3% tinham cônjuge, 75% cor da pele branca, 56,7% estavam aposentados ou não exerciam atividade remunerada, cerca de 60% não completaram o ensino médio e apenas 10% possuíam curso superior. Do total da amostra, apenas 33,3% tinham percepção positiva da própria saúde, sendo observada diferença estatisticamente significativa em relação às DCNT (p<0,01). Assim, fica evidente o quanto a autopercepção da saúde pode ser influenciada pelo adoecimento crônico. Desse modo, é importante que essas pessoas que apresentam autopercepção negativa da saúde recebam amparo da rede, com o objetivo de planejar medidas em saúde e estabelecer um cuidado integral, visando à promoção de saúde e o aumento da qualidade de vida.

Palavras-chave: Autoimagem. Doenças não Transmissíveis. Qualidade de Vida.