VIVÊNCIAS NO SETOR DE NEUROLOGIA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
O Estágio Curricular Supervisionado, tem como objetivo aprofundar e ampliar as competências e habilidades inerentes ao enfermeiro, além de aplicar o conhecimento adquirido no decorrer da formação, compreender a gestão em saúde, planejar e implementar ações de educação em saúde e desenvolver e participar de pesquisas que objetivem a qualificação da prática profissional. Todas as ações devem considerar as diversidades sociais e os processos de saúde e adoecimento, devem visar a promoção da saúde e proporcionar o cuidado integral ao ser humano, a partir da inserção dos discentes em campos de estágio. Essa inserção ocorre nos diversos serviços de atenção, seja baixa, média ou alta complexidade, desde a rede básica de serviços de saúde, perpassando por ambulatórios, até hospitais gerais ou especializados. A exemplo disso, o setor de Neurologia/Neurocirurgia, de um hospital, é responsável pelo tratamento de anormalidades do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) e suas consequências, e também pode ser campo para o desenvolvimento de atividades teórico-práticas de estudantes de ciências da saúde. O objetivo, deste trabalho, é relatar as vivências e experiências adquiridas por uma estudante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó/SC, durante o Estágio Curricular Supervisionado I (ESC I) no setor de Neurologia/Neurocirurgia de um hospital referência na Região Oeste de Santa Catarina. O setor, iniciou suas atividades em 2007, e exerce atendimentos de alta complexidade para usuários de 77 municípios do Oeste Catarinense, totalizando 1,5 milhões de pessoas. O Acidente Vascular Cerebral (isquêmico ou hemorrágico), Traumatismos Crânio Encefálicos (TCE), neoplasias malignas no encéfalo e fraturas de coluna vertebral, meningites bacterianas e fúngicas, hidrocefalias, hematomas intracranianos, radiculopatias, pareparesia crural e escoliose dorso-lombar (estenose), artrodese e anquiloses, dorsalgia, lombalgia e lesões de plexo braqueal, estão entre os diagnósticos médicos mais presentes no setor. Sob os cuidados de enfermagem, estavam pacientes inconscientes, outros desorientados em tempo e espaço, que necessitavam do uso de sondas nasoentéricas, vesicais de demora ou alívio, inúmeros acamados e alguns sedados, em uso de ventilação mecânica. Inicialmente, sob a supervisão das enfermeiras do setor, executava procedimentos privativos do enfermeiro, observava a conduta, as ações e a forma de gerir o setor e, posteriormente, desenvolvi autonomia para a realização das tarefas, e passei a observar a unidade em sua totalidade, como se estivesse sob o meu zelo. Neste setor, percebi a importância da avaliação pupilar contínua e da aplicabilidade das Escalas de Glasgow e Ramsay para constatar a evolução ou involução clínica do paciente. Ali, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do setor, bem como elencar problemas e intervir, juntamente com a equipe de enfermagem, modificando e contribuindo para a realidade local. Desenvolvi a capacidade crítica, reflexiva e criativa nas dimensões do cuidado, gerenciamento, educação e pesquisa, pautando-se nos princípios éticos e legais, conhecimentos gerais e específicos, a partir da contextualização do setor em que estava inserida. Essa vivência, possibilitou que eu experenciasse 390 horas como enfermeira, enquanto acadêmica do Estágio Curricular Supervisionado I.
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