A SAÍDA DAS MULHERES KAINGANG DA COMUNIDADE SERRINHA, RONDA ALTA-RS À UNIVERSIDADE
REDUZ A INVISIBILIDADE DO PROTAGONISMO DAS MULHERES KAINGANG FRENTE A COMUNIDADE?
Resumo
O presente trabalho foi apresentado no componente curricular Iniciação à prática científica. O mesmo se propõem discutir se a saída das mulheres Kaingang da comunidade Serrinha, Ronda Alta-RS à universidade reduz a invisibilidade do protagonismo das mulheres frente os espaços de convívio social e de trabalho: família, grupo, reuniões, escola, posto de saúde, festas e etc. Nosso objetivo é analisar se o egresso dessas mulheres na universidade potencializa ou não sua atuação na comunidade. O interesse pela temática, enquanto acadêmicas, é analisar o protagonismo das mulheres Kaingang na comunidade, problematizando os aspectos históricos e culturais de empoderamento estritamente centrado na figura do masculino, ficando sob este a tomada de decisões que regem a totalidade da vida na comunidade. O que percebemos na universidade, principalmente nas discussões em sala de aula é que parte significativa das mulheres Kaingang se emponderam neste espaço acadêmico, ousando questionar e se posicionar contra o poder construído cultural e historicamente centralizado no patriarcalismo. Acreditamos que o aumento do número de mulheres na academia contribui para o empoderamento destas como sujeitos e para o rompimento do “silêncio”. O acesso das mulheres Kaingang às Instituições de Ensino Superior (IES), é uma novidade para o campo educacional das universidades públicas do país e o grande desafio será pensar as particularidades culturais e étnicas, que historicamente tiveram seus direitos negados. Podemos dizer, que é recente a visibilidade social e política das mulheres Kaingang nessa comunidade como produto de sua entrada no curso superior, isso se verifica nos egressos que estão em momentos diferentes de sua trajetória acadêmica no curso Interdisciplinar em Educação do Campo – Ciências da Natureza, na Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS - Campus Erechim. Este é um trabalho ainda incipiente e em aberto para futuras pesquisas exploratórias, participativa-ação, estudo de caso etc.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.