EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA PROFESSORES DE MEDICINA:
A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Resumo
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de medicina, instituídas pelo Ministério da Educação e Cultura em 2014, a Educação Permanente (EP) deve ser desenvolvida como forma de adaptar os professores, majoritariamente formados em currículos tradicionais, às inovações propostas pelas DCN, passo essencial para a reformulação curricular. Assim, em 2016, iniciou-se um projeto de EP, de dinâmica facilitada em decorrência do até então baixo número de professores vinculados ao curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul. Com a entrada cada vez maior de docentes, principalmente médicos, a adesão progressivamente reduziu por dificuldades de organização de horários e locais e baixo interesse dos docentes recém-chegados. Então, em 2018, reformulou-se o projeto, almejando aumentar a adesão e interesse do público-alvo, principalmente os médicos, população ainda resistente às alterações curriculares e com pouco interesse em EP. As modalidades de atuação foram: Encontros de Educação Permanente, Seminários de Educação Continuada; Encontro de Acolhimento de novos docentes e confecção de materiais de apoio da pasta Moodle Projetos. Ocorreu a produção de Flyers para divulgar estratégias de ensino, questões institucionais e atividades promovidas pelo projeto, publicadas em grupos do WhatsApp, página do Instagram e e-mail. A frequência média de participação dos professores às reuniões foi de 23,37%, com 34,1% do corpo docente não comparecendo à nenhum evento. Dentre os que foram a, ao menos, um encontro, a média de frequência foi de 35,53%. A maior adesão foi na primeira “Oficina de Portfólios”, organizada especificamente para os professores do componente de Saúde Coletiva, com 100% de presença; e o seminário com maior aderência foi “Orientações sobre o Trabalho de Curso”, com 44,74% dos convidados presentes. O Encontro de Acolhimento de novos docentes teve 46,15% de presenças. Apenas 3 dos 12 eventos obtiveram mais de 50% dos convidados comparecendo. A média de presenças entre os médicos foi de 13,64%, configurando 80% dos professores que não compareceram a nenhum encontro. A pasta do Moodle projetos também apresentou poucos acessos. Os dados demonstram que nosso principal público-alvo ainda não foi atingido da forma desejada; e apesar dos nossos esforços, a adesão às atividades permanece baixa. Dificuldades em conciliar horários, considerando tratar-se de 50 docentes, apresentam-se como um empecilho de difícil resolução até o momento. Percebe-se que o interesse na EP vem crescendo, mesmo que paulatinamente. A inclusão de divulgações em redes sociais, mesmo que ainda não tenha atingido as expectativas esperadas, foi a estratégia que obteve maior adesão; e a divulgação dos eventos nesses meios foi bem avaliada pelos professores. Percebe-se a potencialidade na utilização de videoconferência para viabilizar um maior número de professores participantes e receber facilitadores nos eventos. Conquanto às dificuldades e obstáculos enfrentados e resultados ainda pouco animadores, é perceptível a necessidade de perpetuar as ações da EP, procurando soluções para os dilemas apresentador e aumentando a conscientização acerca da importância que essa estratégia tem para a consolidação do curso de medicina na UFFS e a formação de novos médicos habilitados consoante às DCN.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.