CINE DEBATE ABDIAS NASCIMENTO

O CINEMA COMO RECURSO DA PROBLEMATIZAÇÃO ACERCA DE PROCESSOS INCLUSIVOS NO ENSINO SUPERIOR

Resumo

O presente trabalho corresponde a sumária exposição de um dos três
subprojetos do programa “Processos formativos para a inclusão”, vinculado ao
programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento. Através do projeto de
extensão 1 “Interculturalidade e Inclusão”, coordenado por Adriana Salete Loss, fora
promovido mensalmente no ano de 2017 na Universidade Federal da Fronteira Sul,
Campus Erechim o “Cine Debate” referente às temáticas da Inclusão e da
Interculturalidade.
O principal objetivo do Cine Debate fora a exposição de filmes que tratassem sobre
a temática de grupos marginalizados e como esta problemática estava refletida no
acesso e permanência no ensino superior no Brasil, de modo que tais reflexões
pudessem ser feitas coletiva e indiscriminadamente no espaço da universidade.
Neste sentido foram expostos filmes que abordavam assuntos referentes a grupos
que historicamente no país foram e ainda são violentados, invisibilizados e
estigmatizados pelos sistemas dominantes, tais como povos originários,
afrodescendentes, lgbts+, portadores de deficiências/transtornos ou síndromes,
mulheres, pessoas em situação vulnerabilidade socioeconômica entre outros.
Os recursos metodológicos empregados no projeto fora a realização de sessões de
cinema, debates, e também material bibliográfico como recurso complementar às
temáticas dos filmes expostos e seus respectivos debates.
De maneira geral os resultados foram positivos, pois além de promover espaços de
debate na universidade sobre assuntos diretamente relacionados a grupos que
estão em uma situação de vulnerabilidade social e econômica, tendo seu acesso à
educação superior dificultado, o projeto também possibilitou um espaço de encontro
promovido não somente por recursos acadêmicos, mas também artísticos que de
maneira poética auxiliaram as problematizações acerca de assuntos que estão
presentes no âmbito universitário e fora dele.
Conclui-se, portanto, que o debate acerca de processos inclusivos é essencial no
âmbito universitário, pois neste muitas das desigualdades expressas historicamente
no país também podem ser evidenciadas e problematizadas através de diversos
meios, seja por textos acadêmicos, pelo cinema e principalmente pelas próprias vozes das pessoas que encontram-se em situação de vulnerabilidade em suas mais
diversas variáveis em espaços que promovam o diálogo e, que efetivamente
possibilitem que essas vozes se expressem e sejam também representadas e
protagonizadas nestes espaços.