COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL
HISTÓRIA, CULTURA, SABERES E PRÁTICAS POPULARES EM CUIDADO EM SAÚDE - SEGUNDA EDIÇÃO
Resumo
A medicina popular brasileira, assim como diversos outros aspectos da
cultura do Brasil, teve contribuição dos povos afrodescentes, os quais hoje em parte
são representados pelas comunidades quilombolas. Os escravos africanos
introduziram diversas variedades de plantas as quais eram utilizadas em rituais
religiosos e também por suas propriedades farmacológicas. Também foram
agregados os ensinamentos oriundos dos indígenas, visto que, muitas comunidades
miscigenaram-se com índios em tempos pretéritos. As comunidades quilombolas
são antigas, algumas de existência centenária, que habitam, na maioria das vezes, a
zona rural e o êxodo para as cidades representa a morte da cultura, dos saberes e
das práticas medicinais populares. O curso de Medicina da Universidade Federal da
Fronteira Sul campus Passo Fundo tem interesse em conhecer e registrar como
estas comunidades cuidam da saúde a partir do uso de chás, ervas e outros. O
objetivo do projeto foi, além de divulgar a história, cultura e saberes destas
comunidades, orientar o uso correto de tais ervas. Tudo isso, para que se elimine o
preconceito e discriminação racial de parte da sociedade para com as comunidades
negras, elevando a autoestima das comunidades e valorizando o registro do
importante legado cultural que elas conservam. Foram realizadas visitas a algumas
comunidades quilombolas do norte do Rio Grande do Sul, onde foram realizadas
entrevistas com os membros das comunidades. Registrou-se quais as plantas eram
usadas e para qual finalidade. As plantas citadas foram catalogadas e, a partir de
uma revisão bibliográfica da literatura disponível nas bases de dados científicas, o
uso correto e respectivos cuidados foram listados a fim de orientar o uso seguro de
cada uma. Por fim, confeccionou-se um “Manual do Cuidado Quilombola”, visando
proporcionar um cuidado eficiente na prevenção e cura de doenças, além de
respeitar a cultura e a individualidade dessas pessoas.
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