PERFIL E PERSPECTIVA DOS TRABALHADORES DA BOVINOCULTURA DE LEITE EM REALEZA E REGIÃO

  • Stefanie Lazzaretti UFFS
  • Júlia Elisabett Klocoski Bolsonello UFFS
  • Fabiana Elias UFFS
  • Andre Lazarin Gallina UFFS
  • Ademir Roberto Freddo UFFS
  • Karina Ramirez Starikoff UFFS

Resumo

A produção de leite é uma importante atividade para a inserção econômica da agricultura familiar da região Sul do Brasil. A produção garante uma renda mensal aos produtores familiares, tendo grande impacto social, pois com a gestão e a expansão da atividade, algumas propriedades também necessitam de auxílio externo, gerando postos de trabalhos, movimentando a economia regional. O objetivo deste trabalho consistiu na avaliação do perfil dos produtores de leite e de sua perspectiva futura em relação à atividade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal da Fronteira Sul com protocolo número 88506018.7.0000.5564. Foram entrevistados 106 produtores quanto a dados pessoais como faixa etária e sexo, quais membros da família participam da atividade, relacionamento do produtor com o mercado e há quanto tempo trabalham na atividade. Os resultados foram tabulados em planilha eletrônica e realizou-se estatística descritiva (cálculo da média e desvio padrão, e resultados expressos em porcentagem) com auxílio da ferramenta tabela dinâmica do Excel. Em 36,79% das propriedades leiteiras visitadas a atividade era conduzida pelo casal (marido e esposa). Enquanto, 27,36% os trabalhadores da bovinocultura de leite eram do sexo feminino e 23,58% do sexo masculino. Ainda, 12,26% dos entrevistados relataram que a família toda auxiliava na produção leiteira. A média de idade dos produtores foi de 46,44 anos (±12,41), sendo a idade mínima de 20 anos e a máxima de 68 anos. Os produtores trabalham na atividade em média a 19,55 anos (±9,59). A maioria das propriedades não tinham funcionário (95%), sendo predominantemente trabalhadores familiares. Somente 5% dos produtores contavam com a prestação de serviços de ajudantes ou funcionários para realizar ou auxiliar na atividade produtiva em questão. Ao perguntar sobre a pretensão em continuar na atividade, a maioria dos produtores responderam positivamente (83,02%). Alguns também pretendem continuar, porém, por um curto período de tempo (3,77%), ou até se aposentar (2,83%). Parte dos produtores entrevistados estão incertos se pretendem ou não continuar com a produção de leite (1,89%) e 7,55% pretendem parar com a atividade. Portanto, pode-se concluir que a mão de obra na atividade do leite é primordialmente de origem familiar na região do estudo e as perspectivas de permanecer trabalhando na atividade são positivos, há alguns casos também em que os produtores estão satisfeitos mas encerrarão a atividade ao se aposentar porque não tem filhos ou os filhos optaram por não seguir com a atividade.

 

Publicado
17-09-2019
Seção
Campus Realeza - Projetos de Pesquisa