ANÁLISE DA CONFORMAÇÃO DE ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS DE ERECHIM/RS

  • Ernestina Rita Meira Engel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Ana Andrieli Todero
  • Renata Franceschet Goettems

Resumo

Este resumo é vinculado a um projeto de pesquisa e tem como objetivo levantar e mapear os espaços livres públicos de Erechim/RS compreendendo como eles se relacionam e/ou determinam a formação da malha urbana da cidade. Neste, serão apresentadas referências e algumas conclusões que se chegou até o presente momento. Foram levantados dados bibliográficos e informações históricas como forma de compreender o processo de formação e consolidação da área urbana da cidade. Buscou-se, também, referências teóricas acerca do tema “espaços livres”, com as quais pode-se entender que estes são, por excelência, lugares de lazer, descanso, livre circulação, encontros, relações sociais e de atividades gerais. Os artigos pesquisados, apontam que a qualidade de vida das cidades é mensurada pela dimensão da vida coletiva, retratada nestes locais, sendo assim, obtém-se o grau de importância do estudo relacionado à esta questão. Erechim foi fundada no ano de 1908, ainda enquanto colônia da cidade de Passo Fundo e tinha sua sede onde hoje é o município de Getúlio Vargas. Os estudos relacionados a história permitiram observar que o traçado municipal, bem como os espaços públicos e privados e suas primeiras edificações, tiveram forte influência de seus colonizadores, em sua maioria de origem polonesa, italiana e alemã. Graças ao crescimento demasiado e a alta da economia (forte na agricultura, pecuária, comércio e serviços), em 30 de abril de 1918 foi elevado à categoria de município passando a ser denominado “Erechim”. Até sua emancipação, no ano de 1934, passou por diversos processos de urbanização, destacam-se dentre os mais marcantes e importantes a mudança do perímetro para onde está localizado atualmente, a construção da ferrovia (inaugurada no ano de 1910) e também o processo de planejamento que ocorreu a fim de propor diretrizes para o crescimento urbano e a criação de espaços livres públicos coesos na cidade. Este último deu origem a um plano urbanístico que seguiu as ideias e influências urbanas do período (positivistas/higienistas). Era caracterizado por uma grande avenida no sentido norte e sul, em seu centro uma grande praça, ponto de convergência de quatro ruas diagonais sobrepostas à malha xadrez e ao longo destes percursos foram locadas oito praças (com exceção da diagonal sudeste onde foi implantado o cemitério municipal). A partir dessas análises, percebeu-se que os espaços livres públicos de maior influência na cidade (aqueles implantados no tecido original) foram planejados e concebidos junto à malha viária. Implementados estrategicamente para servirem de ponto de localização e fruição. Observa-se que, ainda como foram planejados baseados nas ideias positivistas urbanas de modernização, se previu praças grandes com mobiliários e vegetação que em teoria lhes permitisse dinamismo e vitalidade e vias largas com amplos canteiros centrais. Tais espaços são de extrema importância para a vitalidade do município analisado cumprindo sua função quanto a mobilidade e deixando um potencial em aberto que seria a ampliação do território de planejamento, saindo apenas do centro se estendendo aos extremos da urbe.

Publicado
06-09-2019
Seção
Campus Erechim - Projetos de Pesquisa