ANÁLISE DA OCUPAÇÃO HUMANA DAS FLORESTAS DO OESTE CATARINENSE SOB O VIÉS DA HISTÓRIA AMBIENTAL

  • Adriano Vanderlei Michelotti Rodrigues UFFS
  • Samira Peruchi Moretto UFFS

Resumo

O presente trabalho se propõe a analisar as transformações antrópicas nas florestas no Oeste de Santa Catarina, pelas três fases de ocupação propostas por Jaci Poli (1991), que são: a primeira dos Indígenas; a segunda dos Caboclos e posseiros; e a terceira dos Colonos, sob o viés do campo historiográfico da História Ambiental. Considerando que na região que atualmente compõe o Oeste Catarinense foi predominantemente coberto por florestas até o inicio do século XX, e a última fase de ocupação, dos colonos migrantes, descendentes principalmente de alemães e italianos, vindos do Rio Grande do Sul, trazidos pelas companhias colonizadoras a partir de 1917, provocaram as mudanças mais profundas e significativas na paisagem, pela derrubada e comercialização das florestas e uso intensivo do solo para agricultura comercial, em contraponto, se tem uma visão romântica que os habitantes anteriores à colonização, os grupos de indígenas e de caboclos pouco modificaram o seu ambiente, inclusive que estes possuíam um convívio harmônico com as florestas. Assim o intuito desse trabalho é trazer à tona a história da interação humana com as florestas, no período anterior e posterior a colonização, discutindo cada fase de ocupação e sua interação ao meio ambiente com auxílio da História Ambiental, mas também, alertar para as perdas significativas dos recursos florestais da região. A História Ambiental se faz necessária para compreender a interação do ser humano com a natureza, e da natureza na vida humana, com seu arcabouço teórico, principalmente com o esforço no trabalho com a interdisciplinaridade, a qual permite uma maior profundidade de análise.

Publicado
06-08-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa