MULTILINGUISMO NA ESCOLA

CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS DE PROFESSORES DE LÍNGUA PARA/COM IMIGRANTES REFUGIADOS EM ESCOLAS PÚBLICAS DE CHAPECÓ

  • Julia do Nascimento Bertiotti UFFS
  • Cristiane Horst

Resumo

O Brasil é um país com um histórico de políticas monolingualizadoras que levaram à concepção de que a língua portuguesa é a única língua nacional. Apesar de, no oeste de Santa Catarina, ser comum vermos, em sala de aula, nas instituições de ensino regular e superior, minorias linguísticas (línguas autóctones e alóctones), a ausência de programas de manutenção de línguas acabam por excluir e reprimir diferentes manifestações culturais e linguísticas na sala de aula. Considerando a influência da aprendizagem da língua portuguesa no processo de integração social para estudantes em situação de refúgio e a importância do professor nesse processo, em especial do professor de línguas, identificamos crenças linguísticas relativas ao ensino de línguas em turmas multilíngues e multiculturais, através de entrevistas com professores de línguas que têm, em uma mesma sala de aula, alunos brasileiros e alunos imigrantes refugiados ou filhos de pessoas nessa situação. Explorando de que forma a escola e os professores de línguas, através de suas aulas de língua se portam no acolhimento de diferentes culturas dentro dos espaços escolares, na promoção da tolerância e na inserção desses indivíduos nos contextos social e escolar, visando a integração linguística e cultural, a manutenção de questões de identidade e nacionalismo, além da ascensão e integração social. A partir da identificação das crenças, investigamos de que modo a formação dos professores e o suporte dado pelas instâncias organizacionais e políticas influenciam e podem influenciar no que trata de melhores condições para promover a manutenção e integração linguística e cultural e a sensibilização à diversidade no espaço escolar.
Publicado
30-08-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa