OCORRÊNCIA DE MICOSES SISTÊMICAS EM UM HOSPITAL GERAL

  • Maizah Amaral Piasecki Univerisdade Federal da Fronteira Sul
  • Amauri Braga Simonetti
  • Cristine Pilati Pileggi Castro

Resumo

As micoses sistêmicas (MS) têm crescido no mundo e isso está relacionado com diferentes fatores. Os dados epidemiológicos dessas infecções são modestos em relação a outras doenças, principalmente por diagnósticos incorretos ou incompletos. O estudo teve o objetivo principal de apresentar a ocorrência de MS em um hospital geral. Estudo retrospectivo, com análise de prontuários de pacientes diagnosticados como MS no período de 2015 a 2018, no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no município de Passo Fundo, RS. Os critérios de inclusão foram pacientes com diagnóstico confirmado de MS. Foram coletados dados sociodemográficos e clínico-laboratoriais. Observou-se que 60% eram do sexo masculino e mais de 85% eram brancos, 68,5% dos pacientes tinham idade entre 20 e 60 anos. A maioria dos pacientes era proveniente de zonas urbanas (71,4%) Mais da metade dos pacientes tinha alguma patologia prévia e 37,1% eram HIV positivos. Em 57,1% dos casos a confirmação diagnóstica foi por exame anatomopatológico. Dos agentes etiológicos, o mais prevalente foi Criptococcus em 23% dos casos e o órgão mais acometido foi o pulmão em 37,1% dos pacientes. Em relação ao tratamento, o fármaco mais utilizado foi o itraconazol (28,5% dos casos), seguido de ressecção cirúrgica com 20%.  Este estudo mostrou que há uma variedade de agentes que ocasionam infecções fúngicas, especialmente nos pulmões, mesmo em pacientes imunocompetentes. Porém, houve um número maior de casos de infecções criptocócicas em relação a outros micro-organismos, principalmente em indivíduos HIV positivos.

Publicado
09-09-2019
Seção
Campus Passo Fundo - Projetos de Pesquisa