EXPERIÊNCIA ODONTO CIRÚRGICA

RELATO DE REMOÇÃO DE AMELOBLASTOMA.

Autores

  • Cláudio Claudino da Silva Filho Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó
  • Natanael Chagas Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Gelvani Locateli Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Resumo

O ameloblastoma é uma neoplasia benigna de origem epitelial odontogênica que acomete majoritariamente homens entre 4 e 92 anos, com 80% dos casos presentes na mandíbula na região de molares e ramo da mandíbula. Apesar de haver ampla literatura que a descreva, são poucos os casos encontrados na prática clínica cirúrgica. Pensando nisso, este trabalho visa relatar uma cirurgia de ameloblastoma em um estágio extracurricular realizado no mês de Julho de 2018 em consultório odontológico. Paciente, sexo masculino, 78 anos, procurou atendimento odontológico em clínica privada na cidade de Xanxerê-SC com queixa de mobilidade dentária acentuada. Após a solicitação e realização de uma radiografia panorâmica, percebeu-se grande perda óssea em região de ramo mandibular do lado esquerdo. Apresentava-se como uma lesão extensa, unilocular, circunscrita, estendendo da região de pré-molares até a região de terceiro molar. Apresentava um claro envolvimento do dente em seu redor bem como, avanço até a região do canal mandibular. Para esta patologia, como ela é de origem odontogênica, o principal tratamento é a remoção do fator causal, ou seja, a extração do dente que ocasionou a lesão. Por medidas de precaução, foi prescrito medicação antibiótica pré-operatória e também ansiolítico visando uma sedação leve do paciente durante a cirurgia. O início do procedimento se deu pela anestesia do Nervo Alveolar Inferior e o Nervo Bucal com o sal anestésico Articaína 4%. Após, realizou-se a incisão, linear com relaxante sobre o rebordo alveolar e a consequente extração do elemento dentário. Como o dente se “comunicava” com o interior da lesão, iniciou-se o processo de curetagem da lesão. Esta etapa consiste em realizar uma “raspagem” no interior da cavidade para a remoção do tecido cístico. Pelo grande avanço apical da lesão, houve a preocupação com envolvimento do canal mandibular; ao lesar esse importante nervo, o paciente poderá ter parestesia do Nervo Alveolar, ou seja, sentir “dormencia” permanentemente na área. A curetagem deve ser realizada de modo com que haja a remoção total da lesão, precavendo a recidiva da patologia. Após, realizou-se a sutura e prescrição medicamentosa e orientações pós-operatórias e acompanhamento radiográfico do paciente, esperando a formação óssea no local.

Biografia do Autor

  • Cláudio Claudino da Silva Filho, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó

    Enfermeiro. Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Especialista em Preceptoria no Sistema Único de Saúde pelo Hospital Sírio Libanês, Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Tutor e Coordenador do Grupo Enfermagem no PET Saúde / GraduaSUS 2016-2018. Integrante do Coletivo de Coordenação do VER-SUS Oeste Catarinense. Pesquisador dos Grupos/CNPq: “Grupo de Pesquisa em Educação Popular e Formação em Saúde e Enfermagem (EDUFES)”, "Laboratório de Pesquisa e Tecnologia em Educação em Enfermagem e Saúde" em Florianópolis-SC (EDEN/PEN/UFSC), e "Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva" (NESCO/UNIVASF).  Coordenador Adjunto de Cultura e Professor Adjunto dos cursos de graduação em Enfermagem, Pedagogia e Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), CampusChapecó-SC. E-mail: claudio.filho@uffs.edu.br

     

  • Natanael Chagas, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

    Acadêmico de Odontologia

  • Gelvani Locateli, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

    Mestranda em Ciências da Saúde

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Publicado

29-10-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino