EXPERIÊNCIA ODONTO CIRÚRGICA
RELATO DE REMOÇÃO DE AMELOBLASTOMA.
Resumo
O ameloblastoma é uma neoplasia benigna de origem epitelial odontogênica que acomete majoritariamente homens entre 4 e 92 anos, com 80% dos casos presentes na mandíbula na região de molares e ramo da mandíbula. Apesar de haver ampla literatura que a descreva, são poucos os casos encontrados na prática clínica cirúrgica. Pensando nisso, este trabalho visa relatar uma cirurgia de ameloblastoma em um estágio extracurricular realizado no mês de Julho de 2018 em consultório odontológico. Paciente, sexo masculino, 78 anos, procurou atendimento odontológico em clínica privada na cidade de Xanxerê-SC com queixa de mobilidade dentária acentuada. Após a solicitação e realização de uma radiografia panorâmica, percebeu-se grande perda óssea em região de ramo mandibular do lado esquerdo. Apresentava-se como uma lesão extensa, unilocular, circunscrita, estendendo da região de pré-molares até a região de terceiro molar. Apresentava um claro envolvimento do dente em seu redor bem como, avanço até a região do canal mandibular. Para esta patologia, como ela é de origem odontogênica, o principal tratamento é a remoção do fator causal, ou seja, a extração do dente que ocasionou a lesão. Por medidas de precaução, foi prescrito medicação antibiótica pré-operatória e também ansiolítico visando uma sedação leve do paciente durante a cirurgia. O início do procedimento se deu pela anestesia do Nervo Alveolar Inferior e o Nervo Bucal com o sal anestésico Articaína 4%. Após, realizou-se a incisão, linear com relaxante sobre o rebordo alveolar e a consequente extração do elemento dentário. Como o dente se “comunicava” com o interior da lesão, iniciou-se o processo de curetagem da lesão. Esta etapa consiste em realizar uma “raspagem” no interior da cavidade para a remoção do tecido cístico. Pelo grande avanço apical da lesão, houve a preocupação com envolvimento do canal mandibular; ao lesar esse importante nervo, o paciente poderá ter parestesia do Nervo Alveolar, ou seja, sentir “dormencia” permanentemente na área. A curetagem deve ser realizada de modo com que haja a remoção total da lesão, precavendo a recidiva da patologia. Após, realizou-se a sutura e prescrição medicamentosa e orientações pós-operatórias e acompanhamento radiográfico do paciente, esperando a formação óssea no local.
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