O BRINCAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Autores

  • Michele Chaiene Rodrigues Santiago Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Maria Lucia Marocco Maraschin

Resumo

Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa do tipo estado do conhecimento, documental e com suporte bibliográfico. Vinculada ao trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Pedagogia, da UFFS – Campus Chapecó, foi realizada no segundo semestre 2017 e primeiro semestre de 2018. O principal objetivo foi conhecer elementos acerca da cultura do brincar presente nas discussões dos Anos iniciais do Ensino Fundamental de nove anos, bem como perceber se há inovações pedagógicas acerca desta prática, desde a implementação dessa política educacional. Para tanto, foram analisados os documentos oficiais referentes a política do Ensino Fundamental de nove anos e também produções acadêmicas publicadas no recorte temporal de 2006 à 2017. Tais produções inventariadas foram localizadas no sítio da CAPES, através da expressão de busca “brincar”, sendo 190 teses e 344 dissertações, dentre as quais foram selecionadas 11 teses e 41 dissertações, por circunscreverem diretamente o objeto de pesquisa. A análise e interpretação dos resultados deu-se a partir das contribuições da Análise de Conteúdo de Bardin (1977) e da sintetização proposta  por Triviños (1987); pré-análise, análise categorial e análise inferencial.  Estabeleceu ancoragem teórica, junto aos interlocutores da área, os quais estudam o brincar. Vygostky (2007), Leontiev (2010), Brougère (1995), Benjamin (2002), Fortuna (2011), dentre outros. O resultado dos estudos analisados nos permitiram sintetizar algumas ênfases do estudo, aqui apresentadas como categorias e subcategorias: a grande categoria foi o brincar, da qual se  originam duas categorias: a negação do brincar e a vivência do brincar. As subcategorias referidas, e que tratam da negação do brincar foram apresentam o brincar como pretexto, sob suspeita e secundarizado. Quanto à vivência do brincar nos anos iniciais do ensino fundamental, vale destacar que ficou perceptível sua importância no processo e para o processo de transição da criança da educação infantil para o ensino fundamental. Outro aspecto refere-se à formação dos professores, o que demanda um olhar atento aos desafios e as possibilidades de inovações pedagógicas que emergem quando é superado o mito da polarização entre o brincar e o estudar e quando a escola “faz as pazes” com a infância e suas especificidades também nessa etapa educativa.

Downloads

Publicado

06-11-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa