A AUTOESTIMA COMO FERRAMENTA DE ENFRENTAMENTO NO PROCESSO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
As atividades teórico-práticas proporcionam ao acadêmico a experimentação da vivência profissional em diversos campos de atuação na área da saúde, sendo que, na enfermagem tem se a escuta ativa como uma ferramenta que contribui para o processo de aprendizagem e inserção do acadêmico nos serviços bem como, na prática da estimulação da relação interpessoal/criação de vínculo, inclusive no que diz respeito aos cuidados em oncologia e suas peculiaridades. O objetivo com este trabalho foi perceber a influência da autoestima no enfrentamento do processo terapêutico do paciente em tratamento oncológico. Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva, proveniente das vivências durante o componente de Estágio Curricular Supervisionado I (ECS I), do Curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, desenvolvido no primeiro semestre de 2018, no setor de Oncologia de um serviço hospitalar de referência para o Oeste Catarinense situado no município de Chapecó/SC. Durante as vivências do ECS I, a inserção no setor, viabilizou as acadêmicas no desenvolvimento da escuta ativa com os pacientes e seus familiares, desta forma, pode-se inferir percepções em torno das mudanças que o processo de adoecimento impõe ao paciente, principalmente no que diz respeito ao diagnóstico oncológico. Primeiramente trata-se com destaque o processo de descoberta e aceitação da doença, no qual, o paciente precisa adaptar-se ao quadro de mudanças que o diagnóstico lhe impõe, bem como, as internações frequentes que alteram a sua rotina habitual, a condução da relação familiar sobre o adoecimento, a percepção sobre os medos e angústias voltados ao estigma da morte, entre outros fatores relacionados. Concernente a isso, tem se a influência que a imagem corporal exerce sobre a condição clínica durante o tratamento, considerando que o câncer apresenta vários efeitos colaterais que alteram a condição estética, como por exemplo: caquexia, alopecia, petéquias e hematomas, alterações anatômicas (ostomias), fraqueza, cansaço, entre outros fatores que resultam na baixa autoestima do paciente. Além disso, essa sucessão de alterações do cotidiano e adaptações necessárias condicionam o paciente a uma série de possíveis limitações que interferem no seu estilo de vida, bem estar físico, emocional, psicológico e convívio social. Por conseguinte, nota-se a partir do exposto que a soma dos fatores que surgem com o diagnóstico acarretam, frequentemente, na condição de vulnerabilidade do paciente oncológico, refletindo diretamente no enfrentamento do processo de hospitalização. Ainda, ressalta-se a importância do acolhimento e preparo de equipe de profissionais responsáveis pelo processo de cuidado para a garantia de uma assistência qualificada que priorize a integralidade e subjetividade do paciente oncológico.
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