TEORES DE FOSFÓRO NO SOLO SOB ADIÇÕES PERIÓDICAS DE DEJETOS LÍQUIDO DE SUÍNOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO

Autores

  • Nathalia Ilkiu Weber Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Eliton Ficanha Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Andressa Lufichoski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lucas Thalheimer Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Matteus Begnini Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Jorge Mattias Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A agricultura familiar se destaca pela diversidade de atividades na propiedade, como a criação de animais e o aproveitamento nas áreas para plantio. A suinocultura é uma das principais atividades destas propriedades na região Oeste de Santa Catarina. Em muitas dessas propriedades os dejetos são utilizados em frequencia e quantidades excessivas em relação as áreas de produção passando a ter um caráter poluente ao invés de nutricional. Sabe-se que o solo é um componente chave na paisagem por controlar diversos ciclos biogeoquímicos e ao mesmo tempo contribuir com diversos serviços ambientais como a purificação das águas, controle na emissão de gases do efeito estufa, retenção de poluentes, controle da transferência de elementos como o P para sistemas aquáticos, dentre outros. Com o objetivo de valorar estes serviços ambientais quanto a transferência de P para os sistemas aquáticos foi desenvolvido um projeto em parceria com a Embrapa, suínos e aves, de Concórdia – SC. Foram coletadas amostras de solos  em propriedades rurais da microbacia do Lajeado Clarimundo, Concórdia- SC em diferentes tipos de manejo agrícola: mata, pastagem, lavoura, erva-mate e eucalipto sob adições periódicas de dejeto liquido de suínos. Foram 31 pontos de coleta, na maioria divididos em 4 repetições por coleta totalizando 125 amostras, no processamento sendo executadas em triplicata analítica para cada amostra, somando 375 análises. Para analisar teores de fósforo em H2O utilizou-se metodologia proposta por Sissingh (1970). Os dados são preliminares e apontam que os teores de P em mata e reflorestamento tem uma variação de 1 à 5 mg/kg, já nas áreas de eucalipto os teores obtidos variam de 0,8 a 1,99 mg/kg, quantia tolerável pela proximidade dos locais em que são aplicados estes dejetos. Pastagens mostram indíces de 2 a 5,5 mg/kg e lavoura 1,6 a 40 mg/kg e nas áreas de erva mate apontando valores entre 1 a 22 mg/kg, situação normal para esse local. Considerando estas referências constata-se que há uma grande variação entre os teores de fósforo e os tipos de manejo, mesmo em locais que os indíces deveriam ser baixos, concluindo que a adubação com esterco suíno pode contribuir com a liberação de  fósforo  no ambiente.

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Publicado

26-09-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa