USO DE PLANTAS MEDICINAIS E DE FITOTERÁPICOS NO CUIDADO À SAÚDE DE ANIMAIS DE COMPANHIA

Autores

  • Ana Cristina Duarte Rufatto
  • Susana Regina de Mello Schlemper Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Valfredo Schlemper

Resumo

O Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo e é o quarto maior país em população total de animais de estimação, num total de 132,4 milhões de pets. Atualmente, os pequenos animais estão sendo submetidos cada vez mais ao estresse da vida moderna e estão sob a influência direta dos problemas que acometem seus proprietários. A ampliação dos cuidados e preocupações com os animais de companhia está diretamente relacionada com a questão do bem-estar animal e sua saúde. O uso de plantas medicinais e de fitoterápicos está cada vez mais difundido na medicina veterinária, devido ao seu fácil acesso, baixo custo, efeitos colaterais pouco pronunciados e à sua eficiência no tratamento e prevenção de doenças. Frente ao exposto, este trabalho teve por questão norteadora conhecer os saberes e as práticas dos tutores de animais de companhia sobre o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos no cuidado à saúde dos mesmos. Pretendeu-se com este estudo, ampliar o conhecimento sobre as práticas de cuidado à saúde animal que envolve o uso de plantas medicinais. A coleta de dados foi realizada no mês de junho de 2018. O instrumento de medida foi um questionário estruturado para obtenção de informações sobre os envolvidos no estudo, grau de conhecimento a cerca das plantas usadas no tratamento de doenças de cães e gatos, local de obtenção, parte usada, forma de uso, preparação, resultado obtido, efeitos indesejáveis e duração do tratamento. Foi disponibilizado por via digital, em espaços de redes sociais até se obter um n de 100 respondentes maiores de 18 anos de idade. O estudo foi uma pesquisa do tipo exploratória, com abordagem quantitativa e qualitativa. A análise do material escrito baseou-se na criação de uma categorização, para melhor contextualização e compreensão das respostas emitidas pelos respondentes. As categorias foram: o conhecimento das plantas, suas indicações e seus efeitos terapêuticos. A maioria (59%) dos respondentes são tutores de cães, tem apenas um animal (39%), fêmeas (58%) e menos de cinco anos (67%). Em relação às plantas medicinais 89,5% declarou usar em seus animais; foram citadas 18 espécies diferentes e as mais lembradas foram babosa, camomila e malva. Quanto aos fármacos fitoterápicos, 57,9% afirmaram usar, principalmente florais de Bach, água de melissa e mix de ervas. Este estudo propiciou diagnosticar o conhecimento dos tutores de animais de companhia, bem como resgatar saberes populares que podem contribuir para o desenvolvimento de novas intervenções terapêuticas, para as diversas doenças que acometem esses animais. A correlação entre o conhecimento popular e as pesquisas científicas pode promover a validação de novas substâncias ativas.

Biografia do Autor

  • Susana Regina de Mello Schlemper, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

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Publicado

24-10-2018

Edição

Seção

Campus Realeza - Projetos de Pesquisa