O REIKI NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

INCLUINDO AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO

  • Ana Paula da Rosa Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • Willian Lorentz
  • Eleine Maestri

Resumo

Os recém-nascidos prematuros internados na unidade de terapia intensiva são expostos a vários procedimentos invasivos como: manipulação, exames, cuidados de enfermagem, entre outros. A estimulação intensa das vias nociceptivas, ainda imaturas deste recém-nascido, criam um estado crônico de estimulação dolorosa e de estresse psicológico, expondo a criança à dor, considerada como o quinto sinal vital. Embora a dor seja um fenômeno subjetivo e difícil de ser avaliado em recém-nascidos, há evidências científicas com escalas validadas que fornecem informações fidedignas, subsidiam a avaliação do enfermeiro e o tratamento da dor em prematuros com o objetivo de minimizar seus efeitos deletérios. Nesse sentido, o enfermeiro deve ser preparado para atuar em novas práticas de atenção, assumindo novas tarefas e adequando-se às mudanças advindas de um novo modelo assistencial, visando um cuidado singular e diferenciado, e é neste contexto que o enfermeiro pode inserir a prática do Reiki, como mediador de bem-estar e promotor da saúde. Trata-se de uma reflexão teórica sobre a utilização do Reiki como prática integrativa complementar de cuidado. Esta reflexão compõe o resgate teórico realizado para fundamentar a pesquisa no trabalho de conclusão do curso de graduação em Enfermagem. A energia canalizada durante a aplicação do Reiki, é direcionada aos chakras, que são os pontos energéticos no corpo. São vários os chakras existentes, porém o Reiki atua de maneira mais direta nos 7 chakras principais, que são eles: Chakra número 1 ou Base, localizado na altura do cóccix; Chakra número 2 ou Esplênico, localizado abaixo da cicatriz umbilical; Chakra número 3 ou plexo solar, localizado na região do estomago; Chakra número 4 ou cardíaco, localizado no peito, sobre o coração; Chakra número 5 ou laríngeo, localizado na garganta sobre a tireoide; Chakra número 6 ou frontal, localizado na testa entre as sobrancelhas (conhecido como o terceiro olho); E chakra número 7 ou coronário, localizado no topo da cabeça. Esta é uma técnica japonesa, usada para a redução do estresse e promoção de relaxamento profundo, que também promove a cura. É realizado baseando-se na ideia de que a energia flui através do ser e pode estimular o processo de cura.  As práticas integrativas complementares tendem a ter uma abordagem holística para tratar toda a pessoa, ou seja, corpo, mente e alma.  Apesar de ser uma forma japonesa de cura, o uso do Reiki já se espalhou por todo o mundo. É usado principalmente para alívio da dor, trata-se de um método não invasivo e de baixo custo. Dessa maneira, é possível alcançar a melhora da saúde física, social, espiritual através da nutrição do meio ambiente por intermédio da paz e da atenção plena. Com a transmutação da concepção de terapia alternativa para prática integrativa complementar, surge a opção que permite unir o tratamento tradicional e as terapias. É nítida a mudança do olhar da sociedade para estas práticas, o que permite realizar uma reflexão de quanto o Reiki pode contribuir na promoção, recuperação e reabilitação da saúde dos recém-nascidos.

Biografia do Autor

Ana Paula da Rosa, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
Acadêmica da 8ª fase de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Chapecó
Publicado
29-10-2018
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino