A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NOS ANOS INICIAIS: PRÁTICAS EDUCATIVAS DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Palavras-chave:
Estágio Não Formal, Educação Matemática, Interdisciplinaridade, Ensino FundamentalResumo
No âmbito da educação dita como formal podemos caracterizá-la, considerando a Lei das diretrizes e bases da educação brasileira, como processo que ocorre nas escolas, com currículo e período definido. No entanto, é importante reconhecer outros espaços e práticas educativas que também podem contribuir na formação e construção de conhecimentos pelos estudantes, como é o caso da educação não formal. Essa forma de educação pode ocorrer em distintos ambientes e momentos, não havendo ainda um consenso entre os educadores sobre uma única definição conceitual sobre ela. Neste contexto, este relato apresenta uma experiência que está sendo desenvolvida durante o estágio curricular supervisionado de Educação Não Formal, realizado em uma escola da rede pública de ensino, no município de Cerro Largo, com uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental. Durante o estágio, estamos problematizando conhecimentos de educação ambiental e educação financeira a partir da temática sustentabilidade, esses conhecimentos foram escolhidos por sua relevância para a formação dos estudantes e por permitirem uma abordagem interdisciplinar, especialmente, com a Matemática e as Ciências/Física. Os principais objetivos são sensibilizar as crianças sobre suas atitudes em relação ao meio ambiente e promover o entendimento e o gerenciamento de suas finanças desde cedo, estimulando o desenvolvimento cognitivo, social e emocional. Entre as atividades já realizadas, destacamos a identificação de atitudes sustentáveis por meio de imagens e situações do contexto vivido pelos estudantes, além do uso de vídeos da Turma da Mônica sobre esse assunto como recurso didático-pedagógico. Essas estratégias proporcionaram um grande engajamento da turma. A utilização de personagens conhecidos torna a aprendizagem mais atrativa, pois se aproxima os conhecimentos do universo infantil, favorecendo a participação e o interesse das crianças. Ainda estão previstas discussões sobre consumo mais consciente e formas de economizar recursos de forma sustentável; construção de brinquedos com materiais recicláveis; e a realização do jogo “Mercadinho Consciente”, no qual os estudantes simularão compras e refletirão sobre suas escolhas, relacionando-as à Matemática, especialmente ao conceito de adição. Também abordaremos a história do dinheiro e a importância do hábito de poupar, conectando essas temáticas aos conteúdos matemáticos de forma lúdica para a produção de significados. Essa experiência vem demonstrando como temas atuais podem ser explorados de forma acessível e envolvente com as crianças, promovendo aprendizagens que vão além dos conhecimentos escolares, contribuindo também para o desenvolvimento de valores, pensamento crítico e maior participação nas atividades em sala de aula.