OFICINA DE OBSERVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE FOGUETES
Palavras-chave:
PIBID, Ensino de Ciências, Estudantes protagonistas, ReflexãoResumo
O presente trabalho relata um projeto desenvolvido no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) subprojeto Interdisciplinar Ciências da Natureza[5]. A atividade consistiu numa oficina de observação e construção de foguetes, com estudantes de uma escola de Ensino Fundamental do município de Cerro Largo - RS. Com enfoque na preparação dos estudantes para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e o propósito de explorar o tema da astronáutica com os estudantes de maneira acessível e divertida. O espaço do clube de ciências da escola, que incentiva a pesquisa e a iniciação científica dos estudantes, sediou o projeto que contou com a participação de estudantes do 8º e 9º ano. A oficina foi estruturada em dois momentos principais: a introdução teórica e a parte prática de construção e lançamento dos foguetes. A introdução teórica baseou-se no sistema solar, estações do ano, estágios dos foguetes entre outros conceitos abordados pela OBA, bem como informações sobre a origem e evolução dos foguetes ao longo da história. Essa etapa buscou despertar nos estudantes a compreensão da importância da astronáutica para o avanço do conhecimento humano. Na sequência, passamos à construção dos foguetes, utilizando garrafas PET trazidas pelos estudantes, divididos em grupos de 3 a 4 integrantes, que receberam ocupações diferentes para melhor aproveitamento do tempo. Esse processo prático demandou bastante cooperação e organização. Com os foguetes montados, seguimos para um espaço mais adequado no entorno da escola, onde foram realizados os lançamentos. A base de lançamento, confeccionada anteriormente por nós para otimização do tempo, utilizou água e pressão de ar como mecanismo propulsor. Apesar de alguns foguetes não alcançarem grandes alturas, possivelmente devido à variedade nos formatos das garrafas utilizadas, um modelo desenvolvido por um aluno em casa apresentou melhor desempenho, revelando o potencial criativo e apontando possibilidades de aprimoramento para futuras oficinas. Durante a realização da atividade, ficou evidente o engajamento dos estudantes, que se mostraram curiosos, atentos às explicações e participativos durante a montagem dos foguetes, apesar de ocorrerem algumas reclamações. Além do conteúdo científico, o projeto proporcionou trabalho em equipe e resolução de problemas, mostrando a importância do desenvolvimento tecnológico e da evolução humana. A vivência também nos fez refletir sobre a importância da organização do tempo, do espaço e dos materiais utilizados. Percebemos, por exemplo, que a padronização das garrafas PET é um fator determinante para o sucesso dos lançamentos. Pensando em futuras realizações, seria interessante que os materiais fossem revisados com antecedência ou fornecidos. Mais do que uma atividade prática, a oficina foi capaz de unir teoria e prática, ciência, conhecimento e diversão. A partir dela, compreendemos que o ensino de Ciências pode, e deve, ultrapassar os limites da sala de aula tradicional, oferecendo experiências que façam sentido para os estudantes e que os coloquem como protagonistas de sua aprendizagem.
[5]Agradecemos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela oportunidade de integrar este programa, que tem contribuído de maneira significativa para nossa formação como professores.