PROJETO HORTA PEDAGÓGICA:
CONTRIBUIÇÕES EM UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM REALEZA
Resumo
Introdução: A primeira infância é um período de descobertas da criança com o ambiente em que está inserida. Com o domínio do agronegócio no Brasil, muitos agricultores familiares vêm perdendo espaço no comércio, impactando as populações ao não terem produtores locais, e promovendo a minimização do incentivo da economia da região e distanciamento dos consumidores dos meios de produção, como plantio, colheita e origem dos alimentos que consomem. Objetivos: Este relato de extensão teve por objetivo expor a construção de uma horta pedagógica e suas implicações interdisciplinares com crianças da pré-escola. Métodos: Ao passo que a instituição dispõe de um canteiro com horta sem uso, fez-se uma visita de observação de espaço, realizado em parceria com técnico agrícola e colaboradores da Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, os quais prepararam materiais a serem utilizados no preparo da horta. Extensionistas do programa NutriSAN, por sua vez, contribuíram com mudas e sementes. Posteriormente, foram feitos planos de ação para atividade de Educação Alimentar e Nutricional, empregando-se um teatro, com personagens fantasiados de Emília e de Fadinha da natureza, para reforçar a importância da limpeza e cuidado da horta. Na mesma atividade, foram entregues plaquinhas de identificação dos vegetais da horta e um regador de garrafa pet customizado. Resultados e discussão: Cerca de 60 alunos matriculados na instituição de ensino foram protagonistas na participação do preparo da horta. As primeiras etapas executadas foram limpeza e preparo do solo com adubo orgânico. Na sequência, os pré-escolares foram convidados a plantarem mudas e sementes de agrião, salsa, alface-roxa, beterraba, cenoura, chás de erva novalgina e hortelã. Além disso, a turma participou do final do preparo, inserindo uma camada de material orgânico, formado por folhas e galhos triturados, para proteção das mudas e sementes. No teatro da Emília e fadinha da natureza, também foi abordado: diferenças entre planta frutífera e ervas daninhas, sendo a última removida; importância da regar a horta diariamente, para o pleno desenvolvimento dos vegetais; reaproveitamento de garrafas pet, colaborando com a sustentabilidade do meio ambiente. Sabe-se que existem muitas formas de promover atividades lúdicas e criativas em Centros Municipais de Ensino, e bastante se discute sobre benefícios em aderir a hortas escolares, afinal as dimensões trabalhadas incluem a promoção de contato direto desde o plantio, até o consumo final, trabalho mútuo em equipe, diversificação em metodologias de aprendizagem e contribuição da produção de alimentos no espaço escolar. Durante a atividade, percebeu-se a cooperação da unidade escolar em tornar a horta pedagógica uma ferramenta de aproximação dos estudantes com alguns tipos de alimentos que consomem no cotidiano. Já o teatro, mostrou-se reflexivo quanto às responsabilidades coletivas da manutenção da horta e que a natureza oferece coisas boas, desde que tratada bem. Conclusão: As hortas escolares devem ser apoiadas no diálogo e no exercício da cidadania, a partir dela, os escolares podem ter o contato direto com a natureza e usufruir dos alimentos plantados, logo, Atividades de Educação Alimentar e Nutricional elucidam a valorização de alimentos naturais e formas de aproveitamento para alimentação escolar.