CONSUMO ALIMENTAR E TRANSTORNOS MENTAIS EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

  • Junior Juliani Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Karina Baldo
  • Felipe Alves Alencar Lima
  • Katharine Margaritha Satiro Braz
  • Karen Cristine Silva de Oliveira
  • Carla Munique Aparecida Garda
  • Jaqueline Beatriz Zanella
  • Guilherme Welter Wendt
  • Ana Paula Vieira
  • Danilo Rodrigues Pereira da Silva
  • Lirane Elize Defante Ferreto
  • Dalila Moter Benvegnú

Resumo

As epidemias e pandemias atingem a sociedade de forma direta, impactando várias áreas de convívio comum. Dentre elas, as temáticas que envolvem diretamente o contexto social são as mais marcantes. A pandemia do novo Coronavírus, recebe o nome de SARS-CoV-2, sendo o responsável por causar a Doença do Coronavírus 19 (COVID-19). Vários sintomas e doenças podem estar relacionados ao isolamento social, como é o caso da ansiedade, que pode se manifestar durante as pandemias, assim como o estresse e a depressão. Estes, são fatores que podem gerar riscos à saúde mental e física dos docentes, pois, os profissionais são expostos a inúmeros agentes estressantes ao longo de um período de trabalho. Neste ínterim, é comum ir atrás de uma fonte de conforto que torne o isolamento mais suportável, com isto, ocorre a busca do prazer na alimentação, e os alimentos mais procurados são os que possuem excesso de sal, açúcar, embutidos e gorduras. O objetivo desta pesquisa foi relacionar as variáveis de hábitos alimentares e os indicadores de saúde mental dos docentes universitários que atuaram durante a pandemia da COVID-19. Participaram da pesquisa 519 professores, de diversas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, por meio de questionários online Para investigar o comportamento alimentar, foi utilizado o Questionário de Triagem Nutricional (QTN), a Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP) e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Para analisar a saúde mental, foi usada a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse, 21 (DASS-21). Os dados foram tabulados no programa Excel e posteriormente avaliados utilizando o software SPSS. Foi adotado um valor de p <0,05 como nível de significância. Diante do exposto, houve maior consumo de alimentos embutidos, lanches e doces, os quais estiveram associados a maior prevalência de depressão, ansiedade e estresse. Além disso, o maior consumo de leite e derivados foi associado ao estresse. Quanto ao elevado consumo de pão, bolo, biscoito e confeitados houve associação com ansiedade e estresse. Por fim, em relação às bebidas açucaradas também houve associação com estresse. Com isto, as alterações na alimentação, principalmente o aumento no consumo alimentar durante a pandemia da COVID-19, foi associado à depressão, ansiedade e estresse.

Publicado
15-12-2022