PERFIL SOCIOECONÔMICO E NUTRICIONAL DE PACIENTES ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA-ESCOLA DE NUTRIÇÃO DO SUDOESTE DO PARANÁ

  • Renata Gabrieli Camera Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Realeza
  • Márcia Fernandes Nishiyama
  • Eloá Angélica Koehnlein
  • Késia Zanuzo
  • Larissa da Cunha Feio Costa
Palavras-chave: Atendimento Nutricional. Estado Nutricional. Antropometria.

Resumo

Introdução: Às clínicas-escolas de nutrição realizam atendimentos nutricionais de forma individualizada com o intuito de promover melhorias nos hábitos alimentares e nas condições de saúde dos pacientes, desta forma, a nutrição tem um papel importante na promoção da alimentação adequada e saudável. As condições nutricionais estão diretamente relacionadas a fatores fisiológicos e socioeconômicos, assim, quando há uma boa manutenção do estado nutricional as chances do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são menores (SILVA; FARIA, 2018; BRAGA et al., 2019). Objetivo: Caracterizar o perfil socioeconômico e estado nutricional de pacientes atendidos em uma Clínica-Escola de Nutrição do Sudoeste do Paraná. Material e métodos: O estudo realizado foi descritivo com abordagem retrospectiva e foram avaliados 226 prontuários de pacientes, entre os anos de 2019, 2020 e 2021. Os dados utilizados foram coletados das anamneses nutricionais aplicadas durante a primeira consulta de cada paciente, sendo coletados dados sociodemográficos (sexo, idade, escolaridade), clínicos (presença de patologias) e antropométricos. Vale ressaltar que, no período de análise de dados houve a diminuição de casos atendidos nos anos de 2020 e 2021, em decorrência da pandemia pelo SARS-CoV-2 (COVID-19). Resultados e discussão: Destes, 67,7% eram do sexo feminino e 32,3% do sexo masculino, sendo 15% crianças, 8,4% adolescentes, 68,6% adultos e 8% idosos, indo de encontro ao estudo de Araújo e colaboradores (2019) que apresentou uma maior frequência de pacientes do sexo feminino (53,5%) do que masculinos (46,7%) atendidos em uma clínica-escola de nutrição. Em relação ao grau de escolaridade, 14,2% apresentavam ensino fundamental incompleto, 7,5% ensino fundamental completo, 7,1% ensino médio incompleto, 23,9% ensino médio completo, 25,7% ensino superior incompleto, 17,3% ensino superior completo e 4,4% não apresentavam alfabetização. Quanto ao estado civil, 62,8% eram solteiros e 37,2% casados. No que se refere a renda, 19% relataram receber até um salário mínimo, 48,2% de um a dois salários, 11,1% de dois a três salários e 21,7% mais que quatro salários. O estado nutricional foi identificado através do índice de massa corporal (IMC), e a amostra resultou em 3,1% indivíduos com baixo peso, 35,4% eutrofia, 27,9% sobrepeso, 25,2% obesidade grau I, 5,8% obesidade grau II e 2,7% obesidade grau III, corroborando com o estudo de Pfaffenseller e colaboradores (2017) no qual demonstrou que 72,9% dos pacientes foram diagnosticados com excesso de peso. A porcentagem de gordura corporal apresentou excessiva em 61,9% dos pacientes e adequada em 38,1%. Conclusão: Ressalta-se que o perfil dos pacientes atendidos na clínica-escola era na maioria indivíduos femininos, adultos, renda média de um a dois salários, e quando analisado o estado nutricional encontrou-se um percentual elevado de pacientes acima do peso e com excesso de gordura corporal. 

Publicado
22-11-2022