INGESTÃO DE BEBIDAS AÇUCARADAS ENTRE ADULTOS COM EXCESSO DE PESO E SUA INTERFERÊNCIA NO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL

  • Patricia Alves Welter Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Márcia Fernandes Nishiyama
  • Eloá Angélica Koehnlein
  • Késia Zanuzo
  • Larissa da Cunha Feio Costa
Palavras-chave: Bebidas açucaradas. Gordura corporal. Excesso de peso.

Resumo

O crescente consumo de bebidas açucaradas (BA) como os refrigerantes ou sucos artificiais podem ocasionar excesso de peso devido ao seu elevado teor de calorias, assim como, está relacionado com a ausência de nutrientes dietéticos: fibras, vitaminas e minerais, presentes em  frutas in-natura, além de acarretar baixa saciedade. Ainda, o excesso de gordura corporal promove efeitos fisiológicos e patológicos, que refletem na morbi-mortalidade durante a vida adulta. Desta forma, o objetivo foi identificar a ingestão de BA entre adultos com excesso de peso e sua interferência no percentual de gordura corporal. O estudo realizado foi descritivo com abordagem retrospectiva e foram avaliados 105 prontuários de pacientes, entre os anos de 2017 a 2020. Os dados utilizados foram coletados das anamneses nutricionais aplicadas durante a primeira consulta de cada paciente, contendo os dados sociodemográficos e antropométricos. O consumo de BA foi avaliado através do recordatório de 24 horas. Encontrou-se que 81,90% (n=86) eram pacientes mulheres e 18,1% (n=19) homens. Foi possível identificar que a maioria dos pacientes ingeriam BA, totalizando 82,9% (n=87). Em relação ao percentual de gordura corporal (GC), utilizando-se os critérios de “aceitável e elevado”, segundo Lohman et al. (1992), 71,4% (n=75) dos pacientes estavam com percentual de GC elevado e 28,6% (n=30) foram considerado aceitável. Diante disso, concluiu-se que  a ingestão de BA parece contribuir para o elevado percentual de GC na população estudada. Entre as limitações do presente estudo destaca-se a desproporção quanto aos sexos corespondentes, sendo a maior parte dos pacientes do sexo feminino, devido à maior prevalência das mulheres em busca de atendimento em saúde, o que pode compromenter algumas associações. 

Publicado
22-11-2022