AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES

Autores

  • Débora Weber de Souza Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Ederson Nascimento Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó.

Palavras-chave:

Cidades pequenas, Região metropolitana de Chapecó, Espaço urbano,

Resumo

Este trabalho é fruto do relatório final do projeto de pesquisa de Iniciação Cientifica e tem como objetivo tratar das desigualdades socioespaciais no espaço urbano-metropolitano constituído pelas pequenas cidades que compõe a Região Metropolitana de Chapecó, no oeste catarinense. Nessa análise, os processos socioespaciais, tal como afirma Costa, (2005), refletem as formas de estruturação funcional e territorial do espaço produzido pelo capital e tem fundamental importância na compreensão dos efeitos da exclusão e integração da estruturação social das pequenas cidades que compõe a metrópole. Nesse sentido, os dados obtidos na realização desta pesquisa, mostram como municípios, que mesmo pertencentes a região metropolitana de Chapecó, apresentam má distribuição de renda, demonstrado através do cálculo do índice de Gini, instrumento utilizado para avaliar o grau de concentração de renda e que diagnostica as diferenças entre os rendimentos dos mais pobres dos mais ricos, e é usado para demostrar a reprodução e acumulação desigual existente no espaço urbano. Dessa forma, municípios como Chapecó (capital regional do agronegócio), Pinhalzinho, Seara, Xaxim e Xanxerê, devido a estruturação produzida pelo capital proveniente da principal atividade econômica desenvolvida nessa região, o agronegócio, obtiveram uma maior expansão urbana e aglomerados urbanos mais acentuados. Assim, o processo de urbanização, ocorrido nas pequenas cidades que compõe essa região, corresponde a reprodução e acumulação desigual do espaço urbano nesses municípios, sendo através das ações dos agentes do agronegócio, como as políticas territoriais desenvolvidas principalmente pelo Estado, em que tornou-se Chapecó o núcleo central do agronegócio, fornecendo as infraestruturas necessárias para a sua expansão como o caso das rodovias e dessa forma formou-se um circuito econômico integrado girando em torno da agroindústria, atuando nestes municípios como uma rede regional articulada para atender os interesses do capital agroindustrial.

Biografia do Autor

  • Débora Weber de Souza, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
    Acadêmica de Geografia - Licenciatura pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Técnico em Administração pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR). Atuou como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/UFFS 2015) - Subprojeto Geografia e atualmente é estudante-membro no grupo de pesquisa Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Usos do Território e Dinâmicas Socioespaciais (GETESE), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Bolsista de Iniciação Cientifica no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC/CNPq) no projeto de pesquisa "Urbanização, cidades e desigualdades socioespaciais urbano-metropolitanas no Brasil meridional: uma análise das regiões metropolitanas de Campinas (SP) e Chapecó (SC)", pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Referências

COSTA, G. M.. Analise de processos socioespaciais: Contribuições metodológicas a partir da teoria e de resultados de pesquisa. Artigo in: “GEOgraphia –Ano 7 – N° 13- 2005” UFMG. Disponivel em: Acesso em: 12. Junho. 2016.

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Publicado

16-10-2016