ADAPTAÇÕES DO PANÓTICO RÁPIDO PARA AVALIAÇÃO DO LEUCOGRAMA EM CÃES
Palavras-chave:
Leucócitos; hemograma; técnicas de coloraçãoResumo
O hemograma é uma ferramenta essencial no diagnóstico e monitoramento de doenças na medicina veterinária, sendo o esfregaço sanguíneo, indispensável para a diferenciação leucocitária e identificação de alterações morfológicas. Com isso, o objetivo do estudo foi avaliar diferentes protocolos de coloração com Panótico rápido em leucogramas de cães. Foram utilizadas 30 amostras sanguíneas de diferentes animais, submetidas a cinco protocolos de coloração: sendo o primeiro, o grupo controle, por meio da técnica de coloração May Grünwald-Giemsa, o segundo (P1) que é o Panótico seguindo a bula do fabricante (30 segundos em cada substância), o terceiro (P2) que utilizou o fixador Triarilmetano (fornecido pelo kit) e realizando de 5 a 10 mergulhos no corante (definidos de acordo a observação individual), o quarto (P3) que utilizou o metanol como fixador, com o tempo de 30 segundos em cada corante e o quinto (P4) que também utilizou o metanol como fixador, realizando de 5 a 10 mergulhos em cada corante. Cada esfregaço foi analisado em microscopia óptica com óleo de imersão em objetiva de 100x, para contagem diferencial de leucócitos e avaliação tintorial. Previamente tabulados em planilha Excel, os resultados do escore passaram pelo Teste Exato de Fisher, enquanto a contagem diferencial de leucócitos foi analisada por meio de ANOVA e Teste de Tukey. Foi estipulada a qualidade da coloração por meio de um cut-off em que obrigatoriamente a soma das estruturas teriam escore final ≥ 4. Dessa forma, com base nesses critérios, avaliou-se a ocorrência de associações significativas entre os grupos e as classificações, utilizando o Teste Exato de Fisher, considerando-se como nível de significância p>0,05. Os testes evidenciaram diferença significativa entre os protocolos (p < 0,001). O grupo controle apresentou menor desempenho (média 3,33; 44,44% de lâminas aceitáveis), enquanto os protocolos com Panótico (P1, P2 ,P3 e P4) obtiveram médias superiores (4,78 a 5,78) e até 91,11% de lâminas aceitáveis. Os protocolos com tempo fixo de coloração (P1 e P3) apresentaram semelhanças estatísticas e melhor qualidade tintorial. Não houve diferenças estatísticas nas contagens leucocitárias entre os grupos, possivelmente pela experiência dos avaliadores na leitura das lâminas. Conclui-se que a coloração por Panótico seguindo a bula do fabricante ou substituindo o fixador por metanol, se apresenta eficaz e viável, permitindo a acurácia do diagnóstico.
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