ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA A PARTIR DE BANCO DE DADOS PÚBLICOS DE GRIPE RELACIONADA A CASOS DE COVID-19

Autores

  • André Firmino Neves Acadêmico de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Otavio Ananias Pereira da Silva Ribeiro Acadêmico de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nina Ferreira Brandão Acadêmica de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Debora Tavares de Resende e Silva Docente do curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Coinfecção viral, COVID-19, Influenza, Epidemiologia clínica

Resumo

O estudo analisou dados nacionais do SIVEP-Gripe sobre coinfecção por SARS-CoV-2 e Influenza, entre março de 2020 e dezembro de 2024, buscando descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos. Observou-se maior concentração no Sudeste e Nordeste, especialmente em idosos ≥80 anos, e diferenças por sexo, raça e escolaridade, sugerindo desigualdades no acesso à saúde. As comorbidades mais frequentes foram doenças cardiovasculares, diabetes e pneumopatias crônicas, aumentando com a idade. A Influenza A predominou em todas as idades, enquanto a B foi mais comum em jovens. As taxas de internação superaram 90% na maioria dos grupos, com alto uso de UTI e suporte ventilatório, principalmente nas extremidades etárias. Febre foi mais comum em jovens, e dispneia aumentou progressivamente com a idade, associando-se a maior gravidade. Sintomas gastrointestinais foram mais frequentes em crianças. Conclui-se que a coinfecção agrava o quadro clínico, sobretudo em idosos e pacientes com comorbidades, reforçando a necessidade de vigilância integrada, protocolos clínicos específicos e imunização conjunta. Melhorar a qualidade dos registros clínicos e vacinais é essencial para respostas mais eficazes em emergências respiratórias.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Campus Chapecó