PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO ENTRE POLICIAIS MILITARES

Autores

Palavras-chave:

Epidemiologia , Doença Crônica, Saúde Pública

Resumo

O estudo investigou a prevalência de depressão entre policiais militares (PM) ativos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal, com 925 participantes, realizado entre maio e agosto de 2021, por meio de questionário eletrônico autoaplicado. A depressão foi avaliada pelo Inventário de Depressão de Beck II, considerando-se escores ≥14 como indicativos. Variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde também foram analisadas. A prevalência encontrada foi de 27,4% (IC95% 24,5-30,2), sendo maior em mulheres (36,4%), indivíduos com escolaridade até o ensino médio (32,2%), sedentários (40,1%), obesos (35,0%), praças (34,4%), com estresse (50,2%), distúrbios do sono (61,1%) e ideação suicida (91,3%). Esses valores superam os de outros estudos com militares, o que pode estar relacionado ao perfil mais experiente da amostra e ao formato anônimo da coleta. Os resultados indicam que fatores ocupacionais, estilo de vida e condições de saúde mental influenciam significativamente o risco de depressão. O estudo reforça a necessidade de estratégias específicas de prevenção e cuidado, incluindo suporte psicológico, incentivo à atividade física e melhoria da qualidade do sono, adaptadas às demandas e ao contexto da profissão policial. Limitações incluem viés de resposta e impossibilidade de estabelecer causalidade. 

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo