PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO TIREOIDIANA EM IDOSOS ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Martina Bassolli UFFS-Passo Fundo
  • Maria Joaquina Bidart UFFS- Passo Fundo
  • Regina Inês Kunz UFFS- Passo Fundo
  • Ivana Loraine Lindemann UFFS- Passo Fundo

Palavras-chave:

Hormônios Tireóideos; Hipotireoidismo; Hipertireoidismo; Atenção Básica.

Resumo

Introdução: As disfunções tireoidianas, especialmente o hipotireoidismo subclínico, são comuns em idosos e de difícil diagnóstico na Atenção Primária à Saúde (APS), devido a sintomas inespecíficos e variações fisiológicas nos níveis de TSH com o avanço da idade. Objetivos: Estimar a prevalência de disfunção tireoidiana em idosos atendidos na APS, considerando características sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Metodologia: Estudo transversal com 631 idosos (≥60 anos) do município de Marau (RS), em 2019. Foram analisados dados de prontuários contendo valores de TSH, ajustados por faixa etária. Variáveis como IMC, comorbidades e hábitos de vida também foram avaliadas. Resultados e Discussão: Na análise com ponto de corte padrão (TSH ≥ 4,5 mUI/L), 18,4% apresentaram TSH elevado. Com ajustes por idade, as prevalências foram menores: 15,9% (60–69 anos), 8,8% (70–79 anos) e 13,4% (≥80 anos). O uso de valores únicos pode superestimar o hipotireoidismo em idosos, o que pode levar ao tratamento desnecessário. A literatura sugere que elevações leves de TSH nessa faixa etária podem ser fisiológicas e até benéficas. Conclusão: A estratificação por idade é essencial para evitar diagnósticos excessivos de hipotireoidismo em idosos. O perfil clínico da amostra evidencia a necessidade de um cuidado integrado na APS, com foco na individualização e na prevenção de iatrogenias. A ausência de dados de T4 livre limita a precisão diagnóstica.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo