ANÁLISE HISTOLÓGICA DO TRATO GASTRINTESTINAL DE CALOPSITAS (Nymphicus hollandicus – KERR, 1792)
Palavras-chave:
Psitacídeos, Aparelho Digestório, MicroscopiaResumo
As calopsitas são psitacídeos da fauna doméstica brasileira, bastante encontradas nos atendimentos clínicos com afecções do aparelho digestório. Esses, por sua vez, acarretam danos consideráveis à qualidade de vida do animal. Diante da escassez de estudos morfológicos em calopsitas, o presente estudo objetivou a análise histológica do trato gastrintestinal dessas aves. Foram utilizadas amostras de esôfago, inglúvio, estômagos e intestinos, submetidas à protocolos de coloração em Hematoxilina e Eosina, Tricrômio de Masson e Ácido Periódico de Schiff. Em todos os segmentos observados a estrutura da parede dos órgãos apresentou mucosa, submucosa, muscular e serosa e/ou adventícia. O esôfago pré ingluvial possui pregas longitudinais, epitélio estratificado pavimentoso escamoso e ausência de glândulas esofágicas. O inglúvio é relativamente grande, com histologia similar ao segmento anterior. No esôfago pós ingluvial, há presença de glândulas ácino-mucosos e tubulares. O estômago químico apresentou epitélio cilíndrico simples a estratificado com células caliciformes e formação de fossetas gástricas. A submucosa exibiu glândulas multilobulares. O estômago muscular apresenta cutícula gástrica e epitélio cilíndrico a cúbico simples. Há glândulas tubulares simples ramificadas que se abrem em fossetas e túnica muscular espessa organizada em camada interna longitudinal e outra externa circular. O intestino das calopsitas é semelhante em estrutura em toda a sua extensão. No intestino delgado, a mucosa apresenta vilosidades revestidas de epitélio cilíndrico simples com células caliciformes e aspecto de borda em escova. Há presença de glândulas tubulares simples e ausência de glândulas duodenais. No íleo, há pregas longitudinais e infiltrados linfoides no terço final. No intestino grosso, a histologia apresentou redução no comprimento das vilosidades e presença mais intensa de células caliciformes. Apesar da similaridade observada em relação a outras aves, as calopsitas apresentaram algumas diferenças na morfologia do trato digestivo, que podem ser consideradas para melhor compreensão dos hábitos alimentares da espécie.
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