PRÉ-TRATAMENTO DE ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA UTILIZANDO LIPASE DE ASPERGILLUS NIGER EM MEIO ULTRASSÔNICO

  • Aline Frumi Camargo Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim/ RS
  • Jéssica Mulinari Universidade Federal de Santa Catarina
  • Simone Maria Golunski Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim/RS
  • Helen Treichel Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim/RS

Abstract

O óleo residual de fritura é gerado em praticamente todos os lugares e quando não pode mais ser utilizado, na maioria das vezes, é descartado de forma inadequada. Devido a esse fato, a busca por técnicas de pré-tratamento do óleo residual de fritura é muito importante, pois grande parte dele acaba contaminando recursos hídricos e o solo. O presente estudo buscou avaliar a hidrólise em ultrassom do óleo usado na cantina da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Erechim, utilizando lipase de Aspergillus niger. A partir de um planejamento experimental otimizou-se temperatura, frequência ultrassônica e cinética para estabelecer o melhor tempo reacional. Posteriormente, avaliou-se a hidrólise do óleo, variando a relação óleo:água e a quantidade de enzima. Feito isso, a lipase foi imobilizada em alginato de cálcio e carvão ativado para testes na reação de hidrólise do óleo. Com os resultados verificou-se que em 12 horas obteve-se a maior liberação de ácidos graxos livres, cerca de 62,7 μmol/mL, utilizando 15% de lipase, relação óleo:água de 1:3, 45oC e frequência ultrassônica de 50%. Já para a lipase em forma imobilizada houve uma conversão de apenas 6,93 μmol/mL. Assim sendo, a hidrólise do óleo residual catalisada pela lipase de Aspergillus niger em meio ultrassônico pode ser considerada um pré-tratamento por converter triglicerídeos em ácidos graxos livres, que são mais rapidamente metabolizados pelos microrganismos decompositores.

Published
22-08-2017