INVESTIGAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO DA N-ACETILCISTEÍNA EM UM MODELO DE ESTRESSE CRÔNICO IMPREVISÍVEL EM PEIXES-ZEBRA
Palavras-chave:
Ansiedade, Estresse Crônico Imprevisível, N-acetilcisteína, Peixes-zebra, Transtornos NeuropsiquiátricosResumo
Introdução: Os transtornos de humor e ansiedade apresentam alta prevalência e impacto social relevante, enquanto as terapias disponíveis ainda demonstram eficácia limitada. A N-acetilcisteína (NAC), por atuar sobre vias relacionadas ao estresse oxidativo e à neurotransmissão glutamatérgica, desponta como possível intervenção promissora. Objetivo: Avaliar o efeito sustentado da NAC sobre parâmetros comportamentais em peixes-zebra submetidos ao protocolo de Estresse Crônico Imprevisível (ECI). Métodos: Oitenta peixes-zebra adultos foram habituados ao laboratório e posteriormente alocados em oito grupos (n=10) e submetidos ou não ao protocolo de ECI por 7 dias. No sétimo dia, foram tratados com NAC (10 mg/L), fluoxetina (10 mg/L), ketamina (20 mg/L) ou veículo (água do sistema), com avaliação comportamental realizada 24h após, por meio do teste do tanque novo (NTT). Parâmetros analisados incluíram distância percorrida, número de cruzamentos e tempo de permanência nas zonas superior e inferior do tanque. Resultados: O ECI induziu comportamento do tipo ansioso, evidenciado por redução do tempo na área superior e aumento na área inferior, sem gerar dano locomotor. As três intervenções - NAC, fluoxetina e ketamina - foram capazes de reverter esses efeitos de maneira sustentada, após única exposição, sem prejuízo locomotor. ANOVA de duas vias revelou efeitos significativos para estresse, tratamento e suas interações (p<0,05). Ademais, a fluoxetina apresentou efeito ansiolítico em animais não estressados. Conclusão: A exposição única à NAC atenuou de forma sustentada o comportamento do tipo ansioso induzido pelo ECI em peixes-zebra, reforçando seu potencial terapêutico em transtornos mentais relacionados ao estresse. Esses achados sugerem novas perspectivas para o desenvolvimento de fármacos moduladores do estresse oxidativo e da neurotransmissão glutamatérgica. Estudos futuros devem explorar mecanismos moleculares subjacentes, como o papel dos receptores metabotrópicos de glutamato.
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