Desfolha da videira ‘Cabernet Sauvignon’ com etefom e ácido bórico
Abstract
Desfolha da videira ‘Cabernet Sauvignon’ com etefom e ácido bórico
Flávia Roberta de Souza1; Fernanda V. Muniz1; Leonam M. Torre2; Milena S.
Tomaz2; Thiago M. Monteiro2; Rogério O. Anese3
1Bolsista-Instituto Federal de Santa Catarina - Câmpus Urupema (IFSC) – Rua do
Conhecimento,82.Centro, 88625000,Urupema, SC; 2Bolsista voluntário-Instituto Federal de Santa
Catarina - Câmpus Urupema (IFSC); 3Prof. Dr. Fruticultura/PPGVE-Instituto Federal de Santa
Catarina - Câmpus Urupema (IFSC). vinhoevida.oficial@gmail.com
Santa Catarina é o segundo maior estado produtor de uvas finas no Brasil, onde se
destacam os vinhedos de altitude na Serra Catarinense. Durante o ciclo da videira é
realizada a desfolha manual, a fim de proporcionar maior aeração e exposição dos
cachos à radiação solar. Essa prática gera custos elevados com mão de obra,
acarretando um maior tempo de execução e podendo não ser realizada no período
mais ideal para favorecer a qualidade do fruto. O objetivo deste trabalho foi avaliar
estratégias de desfolha química da videira ‘Cabernet Sauvignon’ com etefom
(etileno) e com o micronutriente boro como alternativa à desfolha manual. O
experimento foi realizado em videiras ‘Cabernet Sauvignon’ na safra de 2021/2022
na Vinícola Villa Francioni, localizada em São Joaquim/SC. Os tratamentos
avaliados foram: T1 - dose 0 (desfolha manual - padrão); T2 – 2 g L-1 de etileno
(Etefom); T3 – 10 g L-1 de ácido bórico (AB); T4 – 30 g L-1 de AB; e T5 – 60 g L-1 de
AB. Os tratamentos foram aplicados nas datas de 09/12/2021, na fase de grão
chumbinho, na região dos cachos. Foram avaliados os seguintes parâmetros: queda
de folhas (%), nas datas de 16/12/21 e 13/01/22 e parâmetros de maturação da uva
(24/03/22) como acidez (mEq L-1); sólidos solúveis (°Brix) e pH. A desfolha manual
foi considerada 100%, pois todas as folhas até a altura do segundo arame foram
retiradas (20 cm). A desfolha realizada com o ácido bórico teve um desempenho de
11,7% na dose de 30 g L-1. Já o etefom foi de apenas 7,3%, ambas
demonstrando-se insuficientes para serem usadas pelos produtores. Em relação aos
parâmetros físico-químicos dos frutos, observou-se uma manutenção na acidez no
tratamento com etefom e uma redução com ácido bórico (10 e 60 g L-1), sem diferir
do padrão. Os SS e pH não apresentaram diferença. Conclui-se que o ácido bórico e
etefom não foram eficientes para a desfolha da videira, não sendo uma alternativa à
desfolha manual.
Palavras-chave: Poda verde, mão de obra, Serra Catarinense.
Apoio: IFSC (Edital 32/2021/PROPPI – Apoio ao desenvolvimento de projetos de
pesquisa com finalidade didático-pedagógica em cursos regulares no câmpus
Urupema); Vinícola Villa Francioni.