Avaliação dos efeitos adversos de anticoncepcionais em mulheres usuárias do SUS no município de Maravilha/SC

Autores/as

  • Luciane Baierle Lorenzatto Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Vanessa Da Silva Corralo Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ).
  • Everton Boff Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ).
  • Priscilla Andréia Ely Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC).

Resumen

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos indesejáveis dos anticoncepcionais orais e injetáveis em mulheres usuárias do SUS do município de Maravilha, Santa Catarina (SC). Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, de abordagem quantitativa. Foram realizadas 53 entrevistas com mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais disponíveis nas Farmácias Básicas do SUS. Os critérios de inclusão foram: ter acima de 18 anos, residir no município de Maravilha, utilizar contraceptivos fornecidos pelas Farmácias Básicas do município e aceitar participar da pesquisa. Todas as mulheres responderam a um questionário quanto à idade, tempo de uso de anticoncepcional e reações adversas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina sob o protocolo número 1.968.776. Dentre os efeitos adversos relatados pelas usuárias dos contraceptivos orais, os mais frequentes foram: dores de cabeça (7,4%), aumento da cólica menstrual (5,6%), aumento do fluxo menstrual (3,7%) e inchaço da mama e/ou abdômen (3,6%). Já os efeitos adversos mais frequentes relatados pelas usuárias dos contraceptivos injetáveis foram: tontura (13,2%), dores de cabeça (11,3%), dores generalizadas (9,4%), alteração no humor (7,5%) e sensação de calor (7,5%). Os anticoncepcionais, em geral, são indicados para evitar uma gravidez indesejada, regular o ciclo menstrual e entre outros benefícios, porém, podem causar efeitos adversos. Os resultados encontrados nesse estudo demonstram que a atuação do farmacêutico e outros profissionais de saúde é muito importante na minimização dos efeitos adversos no uso dos anticoncepcionais, pois o uso correto, seguro e racional dos contraceptivos, além da avaliação da interação com outros medicamentos e alimentos, minimizam os efeitos adversos e melhoram a eficácia terapêutica do fármaco.

Biografía del autor/a

  • Luciane Baierle Lorenzatto, Universidade Comunitária da Região de Chapecó
    Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Àrea de Ciências da Saúde, Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
  • Vanessa Da Silva Corralo, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ).
    Doutora em Bioquímica Toxicológica (UFSM). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UNOCHAPECÓ).
  • Everton Boff, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ).

    Doutorando em Ciências da Saúde (UNOCHAPECÓ).

    Mestre em Ciências Farmacêuticas (UFSM).

    Farmacêutico e Bioquímico (UFSM).

  • Priscilla Andréia Ely, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC).
    Acadêmica do Curso de Farmácia (UNOESC).

Referencias

BERAL, V. et al. Mortality associated with oral contraceptive use: 25 years follow up of cohort of 46.000 women from Royal College of General Practitioners oral contraception study. British Medical Journal, Manchester, v. 318, n.7176, p. 96 – 100, jan, 1999.

BRAGA, G.; VIEIRA, C. Contracepção hormonal e tromboembolismo: Hormonal contraception and thromboembolismo. Associação Médica de Brasília. Brasília Médica, Brasília, v.50, n.1, jul, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde. Cadernos da juventude, saúde e desenvolvimento. Contracepção na adolescência. Brasília, Centro de documentação do Ministério da Saúde, 2002. p. 61.

BRITO, M.B.; NOBRE, F.; VIEIRA, C.S., Contracepção hormonal e sistema cardiovascular. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ribeirão Preto, v.96, n. 4, p. 81-89, abr., 2009.

DINGER, J.; BUTTMAN, N.; BARDENHEUER, K., Effectiveness of oral contraceptive pills in a large U.S. cohort comparing progestogen and regimen. American College of Obstetricians and Gynecologists, Berlim, v.117, n.1, p. 10-21, jan., 2011.

FUCHS, F.D.; WANMACHER, L; FERREIRA, M.B.C. Farmacologia Clínica. Fundamentos da terapêutica racional 3.ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

GALLO, M.F. et al. Combination contraceptives: effects on weight. Cochrane Database of Systematic Reviews, Durham, v. 1, n. CD003987,p. 1-14, jan, 2014.

GOLDZIEHER, Y. W. et al. – Study of norethindrone in contraception. JAMA, v. 61 180: 359, 1962.

HALBE HW, MELO NR. Anticoncepção hormonal. In: Giordano MG. Ginecologia endócrina e da reprodução. São Paulo: Fundo Editorial BYK, p. 161-79, 1998.

HASSAN, D.F., Avaliação da variação do peso corpóreo de usuárias de um método contraceptivo não-hormonal. Dissertação (Mestrado) do Curso de Pós Graduação em Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. 65f.

UNIFESP. Anticoncepção Hormonal. 2011. Disponível em: . Acesso em 7 jul 2016.

LIDEGAARD, O. et al. Hormonal contraception and risk of venous thromboembolism: national follow-up study. British Medical Journal, Copenhagen, v 339, n. b2890, p 1 – 8, ago, 2009.

MACGREGOR, E.A. Contraception and headache. Headache: the journal of head and face pain, Londres, v. 53, n. 2, p. 247 – 276, fev, 2013.

PEREIRA SM. Anticoncepção hormonal oral na adolescência: uma boa opção. Rio de Janeiro: 2006. Dissertação de Mestrado, FCM/UNI-RIO.

SHUFELT CL, BAIREY MERZ CN. Contraceptive hormone use and cardiovascular disease. J Am Coll Cardiol. 53 (3): 221-31, 2009.

VAN HYLCKAMA VLIEG A. et al. The venous thrombotic risk of oral contraceptives effects of estrogen dose and progestogen type. British Medical Journal, Leiden, v. 339, n. b2921, p. 1-8, ago, 2009.

Publicado

14-03-2018

Número

Sección

Saberes e Práticas de Atenção à Saúde