INSTITUIÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NUMA SMS DO NORTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Autores/as

  • LUCIANO SILVEIRA PACHECO DE MEDEIROS UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC)

Resumen

Introdução: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi instituída no ano de 2004 por meio da Portaria n. 198/GM e tem como princípio norteador a identificação das necessidades de formação dos trabalhadores de saúde, a partir da construção de processos e estratégias que qualifiquem a atenção e a gestão em saúde e fortaleçam o controle social, porém, o trabalho de estruturação de uma política de saúde é permeado de detalhes que nem sempre são percebidos com clareza suficiente por quem se encontra na posição de gestor e, determinadas vezes, suas competências e valores agregados passam despercebidas durante o processo de criação e efetivação até que saia do campo do planejamento e torne público seu modus operandi. Objetivos: validar a percepção do profissional responsável pelo Setor de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (GTES) sobre o conhecimento que os gestores de uma Secretaria Municipal da Saúde do norte do Estado de Santa Catarina (SC) possuem sobre o GTES e sobre a PNEPS e os processos de EPS; discutir as competências e atribuições do GTES instituídas por meio da PNEPS, a fim efetivar o setor e atividades de EPS no plano de ações municipal. Metodologia: Estudo de corte transversal, quantitativo e descritivo, com entrevista semiestruturada como instrumento para a coleta dos dados e criação de banco de dados específico utilizando-se o software Microsoft Excel 2013. Para auxílio na tabulação dos dados, utilizou-se o software SPSS, versão 2.0. Resultados: O total da amostragem do estudo é de 18 gestores, sendo 72,2% (n=13) do sexo feminino; 61,1% (n=11) com pelo menos 10 anos de funcionalismo público e em cargo de gestão há cinco anos; 44,4% (n=8) com formação na área da saúde e 38,8% (n=7) efetivos ao quadro. Constatou-se que 88,8% (n=16) reconhece a existência da PNEPS, porém desconhece sua essência e suas diretrizes; 94,4% (n=17) consideram desnecessária a instituição do GTES e 22,2% (n=4) consideram as ações de EPS necessárias para a melhoria dos processos de saúde, porém não sabem como instituí-las. Discussão: Percebe-se, por meio dos resultados do presente estudo, que a PNEPS e o GTES, apesar de mais de uma década de existência, são, ainda, desconhecidos por boa parte dos gestores, dificultando, dessa maneira, sua real efetivação, deixando os processos de EPS à margem de ações pactuadas nos planos anuais, tendo ações pontuais e incipientes na formação e qualificação dos trabalhadores de saúde. Considerações finais: Percebemos a necessidade da discussão acerca da PNEPS e de suas diretrizes, dentre estas, a instituição do GTES. Os gestores da SMS foram reunidos, onde trabalhou-se: dinâmicas específicas na explanação das competências e atribuições do GTES, à luz da PNPES e diretrizes norteadoras do Ministério da Saúde (MS) e realidade local; a reestruturação/organização dos fluxos do GTES; apresentação das propostas das duas primeiras Portarias diretamente relacionadas ao GTES, sendo a primeira a criação e formalização do setor e, a segunda, instituindo normativa para regulamentação para a liberação dos servidores, para eventos de qualificação profissional, a pedido do servidor lotado na SMS.

Palavras-chave: Políticas de Saúde; Gestor; Educação Permanente em Saúde.

Biografía del autor/a

  • LUCIANO SILVEIRA PACHECO DE MEDEIROS, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC)

    Mestre em Saúde Coletiva (October 31th, 2017). Título obtido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Enfermeiro (December 14th, 2005). Título obtido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Especialista em Educação na Saúde para Preceptores do SUS (December 10th, 2014). Título obtido pelo Instituto de Ensino e Pesquisa – Hospital Sírio-Libanês (IEP/HSL). Especialista em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (August 11th, 2015). Título obtido pela Escola de Saúde Pública de Santa Catarina Prof. MSc. Osvaldo de Oliveira Maciel. Aluno dos Cursos de Pós-Graduação, Lato Sensu, em Enfermagem em Estomaterapia, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e Pós-Graduação, Stricto Sensu, em Doutorado em Ciências da Saúde, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Atualmente, Enfermeiro do Centro Especializado em Reabilitação (CER II), na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

     

Referencias

Bomfim ES, Araújo IB, Oliveira BG, Moreira RM, Rocha RM, Boery RNSO. Continuing health education: discussion of educational practices in the family health Strategy. UFPE On Line. 2016; 10(8): 2833-7. DOI: 10.5205/reuol.9373-82134-1-RV1008201607

Ministério da Saúde (BR). Gabinete do Ministro. Portaria n. 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União, 13 de fev 2004. Brasília, v. 141, n. 32, Seção 1, p.37-41

Publicado

19-08-2025