CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PARÂMETROS HEMODINÂMICOS DE PACIENTES COM MELANOMA DA REGIÃO OESTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA.

  • Aline Mânica Universidade Federal de Santa Maria
  • Alexsandra Martins da Silva Universidade Federal de Santa Catarina
  • Beatriz da Silva Rosa Bonadiman Universidade Federal de Santa Maria
  • Alessandra Paes
  • Vera Maria Melchiors Morsch
  • Margarete Dulce Bagatini

Resumo

O Melanoma Cutâneo forma-se a partir da transformação maligna dos melanócitos e envolve fatores ambientais e genéticos desenvolvendo-se em diferentes partes do corpo por combinar efeitos mitogênicos e genotóxicos nos melanócitos, bem como evasão do sistema imune. No Brasil as maiores taxas de melanoma estão na região Sul devido às mudanças nos hábitos de exposição ao sol, no estilo de vida e o perfil populacional de pele clara. Mais especificamente na região oeste do estado de Santa Catarina, são notificados cerca de 60 a 80 novos casos de melanoma a cada ano e a idade média destes indivíduos é de apenas 50 anos. O número de vidas perdidas pela morte por melanoma é excessivamente maior do que para outras doenças malignas, tornando-se um importante problema de saúde pública. Sendo assim, foram avaliados pacientes com melanoma após a excisão cirúrgica do tumor em relação as suas características clínicas e parâmetros hemodinâmicos. O presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Federal da Fronteira Sul e aprovado sob parecer número 822.782. A idade média dos pacientes com melanoma foi de 47±13 anos, e o tumor estava localizado principalmente nos membros inferiores (39%), membros superiores (26%), tronco (21%) e cabeça/pescoço (13%). O subtipo de melanoma com maior prevalência foi o melanoma extensivo superficial (69,5%) seguido do melanoma nodular e lentigo maligno (21,7 e 9% respectivamente). Quase a totalidade, 96% dos pacientes avaliados, pertence a Classificação Fitzpatrick I e II e com alto histórico de queimaduras solares (89%). Em relação aos parâmetros hemodinâmicos avaliados:  contagem de hemácias, hemoglobina, hematócrito, RDW, VGM, HGM e CHCM, todos apresentaram-se dentro dos valores de referência. Embora as taxas de sobrevivência tenham melhorado, as estimativas não são promissoras para aqueles que são diagnosticados nos estágios mais avançados da doença. Para isso é de fundamental importância a educação em saúde no melanoma, pois um diagnóstico precoce e uma condução clínica adequada fazem toda diferença no prognóstico. Além disso, é imprescindível a divulgação de informações sobre a educação para a saúde, pois quase um sexto dos indivíduos diagnosticados com melanoma têm uma baixa possibilidade de sobrevivência.
Publicado
20-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde