AÇÕES DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JUNTO A IDOSOS: UM ESTUDO REFLEXIVO

  • Josiane Lopes Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
  • Natália Tais Mergen Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
  • Tamila rodrigues Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
  • Aline Piaceski Kovalski Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
  • Leila Mariza Hildrebrandt Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
  • Marinês Tambara Leite Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Resumo

 

Com aumento da população idosa brasileira, torna-se essencial a criação ou remodelação das políticas públicas com vistas a atender as demandas deste estrato populacional, nas esferas preventiva, curativa e assistencial. Desse modo, a Estratégia Saúde da Família (ESF) assume papel importante frente à comunidade, viabilizando a implementação de tais políticas, por meio de sua equipe multidisciplinar. Nesse contexto, reforça-se o papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS), que mantém um contato de proximidade com a comunidade. Objetivo: Realizar estudo reflexivo acerca de como os ACS realizam ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, junto a idosos residentes na comunidade. Metodologia: Trata-se de um estudo de reflexão, baseado em revisão de literatura e atividades acadêmicas em que se acompanhou ACS em visitas a pessoas idosas. Resultados: A mudança na pirâmide etária brasileira, aliada ao aumento da expectativa de vida dos idosos, reconduz a um novo processo de trabalho voltado a assistência a essas pessoas. Nesse cenário, a ESF potencializa as ações, com vistas a melhor resolutividade e menor custo, apostando no estabelecimento do vínculo e de corresponsabilidade entre profissionais de saúde e a população. Dentre estes profissionais, o ACS tem o papel de acompanhar as famílias que residem no território da ESF, incluindo aqueles que contam com integrantes idosos, por meio de visitas domiciliares. Vale salientar que as ações dos ACS, balizadas pela Política Nacional de Atenção Básica, têm como fio condutor a descentralização, promoção e proteção da saúde, com forte olhar para prevenção de agravos, diagnóstico oportuno, tratamento, reabilitação e a manutenção da saúde. Na prática evidencia-se que o ACS se constitui em um educador na área da saúde, visto que organiza o acesso, capta necessidades, identifica prioridades e detecta os casos de risco. Nas práxis domiciliares destaca-se educação em saúde, por meio de orientações como: cuidados com higiene, uso correto das medicações, calendário vacinal, cuidados com idosos, crianças, gestantes e puérperas. Especificamente em relação a atenção aos idosos, há ênfase, por parte dos ACS, em relação aos cuidados com doenças crônicas não transmissíveis e incentivo a cuidados para a promoção da saúde como atividades físicas, alimentação saudável e participação de diferentes espaços sociais com vistas a socialização. Além destas, percebe-se que o ACS desempenha atividades administrativas de apoio ao atuar na recepção da unidade básica de saúde, no agendamento de consultas, na organização dos prontuários, no controle do almoxarifado, na dispensação de medicamentos e preenchimento das fichas do Sistema de Informação da Atenção Básica. Vale destacar que estas últimas são realizadas de forma alternada entre equipe da ESF e os ACS. Conclusão: Conclui-se, que o ACS tem função importante na equipe da ESF, por ser um dos membros de ligação entre família e unidade de saúde, pois fortalece o vínculo, bem como desenvolve ações de cuidar e prevenir agravos. Aos acadêmicos, o estudo propiciou aprendizado, contribuiu para crescimento pessoal e profissional, fomentando a concepção de que o trabalho em equipe produz maior impacto positivo na população assistida, abarcando todas as pessoas, em especial as idosas.

Palavras-chave: Idoso; Políticas públicas; Saúde da Família; Agente comunitário de saúde.

Biografia do Autor

Josiane Lopes, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM, Bolsista PET Enfermagem Palmeira das Missões.

 

Natália Tais Mergen, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM.

Tamila rodrigues, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM.

Aline Piaceski Kovalski, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões
Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM, Bolsista PET Enfermagem Palmeira das Missões.
Leila Mariza Hildrebrandt, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Enfermeira, Dra em Ciências pela UNIFESP, Docente da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM.

Marinês Tambara Leite, Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeiras das Missões

Enfermeira, Dra em Gerontologia Biomédica pela PUCRS, Docente da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões – UFSM/PM, Tutora do Grupo PET Enfermagem Palmeira das Missões.

Publicado
20-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde