Florescer
o jornalismo audiovisual como meio para a construção de uma sociedade com equidade entre homens e mulheres
Resumo
Os números são cruéis, gritantes e evidenciam que a igualdade entre homens e mulheres está longe de ser conquistada. No Brasil, segundo dados do Ministério Público, uma mulher é assassinada pelo simples fato de ser mulher a cada sete horas – e 63% delas morrem dentro da própria casa. Um novo caso de violência sexual contra pessoas do sexo feminino é registrado a cada 2h30. Crimes cometidos por agressores que confiam numa espécie de tolerância social, em que a cultura baseada no patriarcalismo e no machismo favorece a vergonha, o medo e a condenação da vítimas pelos atos cometidos contra elas. O combate à violência contra à mulher, desse modo, é também um trabalho de mudança cultural e, nesse aspecto, a comunicação é fundamental para difundir novos modos de ler, ser e estar no mundo. É com esse objetivo, então, que o projeto Florescer ampara-se na Educomunicação para a realização de oficinas em escolas municipais de
Guarapuava, com crianças do terceiro ano do Ensino Fundamental, visando a construção de uma sociedade com mais equidade e sem violência para mulheres. Como parte do processo de construção do conhecimento, as crianças se valem do audiovisual para a produção de vídeos, em vários formatos, que abordem o combate à violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha.